Um dos maiores desafios enfrentados durante as expedições foi a questão logística, principalmente neste período do ano, onde os níveis dos rios estão mais baixos
A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) lançou, nesta semana, a websérie “Missões Aliança Covid-Amazonas”. Organizada em quatro episódios, os vídeos relatam os esforços realizados durante as mais de 108 missões coordenadas pela instituição para auxiliar comunidades ribeirinhas e indígenas do Amazonas impactadas pela pandemia da Covid-19. Os desafios têm a ver, principalmente, com as dificuldades para chegar às regiões mais distantes, como a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma, onde são necessários oito horas de viagem de barco para chegar e, muitas vezes, voadeiras e canoas para chegar nas comunidades.
As expedições apresentadas na websérie são parte do projeto “Aliança Covid-Amazonas dos povos indígenas e populações tradicionais e organizações parceiras para o enfrentamento do coronavírus”, que promove ações com o apoio de mais de 100 instituições parceiras, que vão desde ajuda humanitária até estratégias de recuperação no período pós-pandemia. Para a produção da websérie, foram selecionadas quatro Unidades de Conservação (UCs) inseridas na categoria de Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS). São elas: RDS Piagaçu-Purus, desenvolvida com apoio da Schneider Eletric, RDS do Juma, RDS do Rio Negro e RDS do Uatumã. A gestão das UCs é realizada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema).
Esforços
Além das UCs exibidas na websérie, mais de cinco mil comunidades e aldeias do Amazonas, além de bairros em Manaus estão recebendo ações da Aliança, que começou em abril e já beneficiou aproximadamente 300 mil pessoas. Além disso, mais de 360 mil itens já foram doados pela FAS, que adaptou a sua sede para comportar os materiais, em um grande esforço, sobretudo da equipe de logística que, por vezes, passou madrugadas descarregando carretas de donativos.
Um dos maiores desafios enfrentados durante as expedições foi a questão logística, principalmente neste período do ano, onde os níveis dos rios estão mais baixos e os acessos às comunidades ficam mais restritos. A superintendente de Desenvolvimento Sustentável da FAS, Valcléia Solidade, reforça esse fato. “As equipes encontram dificuldade para chegar a certos locais por causa da seca. Então, uma estratégia que criamos foi mobilizar as associações de moradores das Unidades de Conservação para que juntos pudéssemos chegar até as comunidades e atender as famílias em situação de vulnerabilidade”.
Segundo ela, os obstáculos logísticos não impediram que as atividades fossem realizadas. “A gente vê um esforço muito grande por parte de todos, tanto das pessoas quanto das instituições parceiras para fazer essas doações e minimizar os impactos da pandemia do coronavírus.. Mesmo agora, onde nosso Estado não está tão crítico quanto antes com a Covid-19, as pessoas continuam se solidarizando e isso fortalece ainda mais as nossas missões”, afirmou a superintendente.
Entre as doações, destaque para cestas básicas, kits de limpeza e higiene, além de combustível para auxiliar no deslocamento de pacientes até os hospitais mais próximos. Também teve a distribuição de máscaras, testes rápidos e a realização de orientações preventivas para agentes comunitários de saúde e à população em geral.
Websérie
A websérie já está disponível nas redes sociais da FAS (Instagram, Facebook, Twitter e Youtube) e também nos sites das instituições parceiras. Cada vídeo tem duração de aproximadamente três minutos com relatos dos colaboradores das missões e depoimentos das pessoas beneficiadas..
Parcerias
A iniciativa “Aliança Covid-Amazonas dos povos indígenas e populações tradicionais e organizações parceiras para o enfrentamento do coronavírus” também tem apoio do Programa Mundial de Alimentos da ONU, Grupo Carrefour, Lojas Americanas, Fundação Swarovski (por meio do projeto Escolas D’Água), Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Secretarias de Estado do Meio Ambiente e da Saúde do Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (Funati), Fundação Avina, Fundação Moore e OAK Foundation, entre outros. Também houve apoio da logístico da Transamazon.