Técnica permite recuperar lavouras, garantir produtividade e combater a principal ameaça do estado. Foto: Foto: Márcio Wendell/Arquivo Iepa
Como forma de enfrentar a vassoura-de-bruxa, fungo que ataca galhos e compromete o crescimento da planta, o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Iepa) aposta em tecnologia e parceria com agricultores. No Amapá, a doença já atinge 10 municípios desde 2023 e ameaça uma das culturas mais tradicionais do estado.
O Iepa está clonando mudas de variedades já cultivadas no Amapá. A técnica permite recuperar plantas livres da praga vassoura-de-bruxa, garantir maior produtividade, preservar a diversidade genética e a manter características conhecidas pelos agricultores.
📲 Confira o canal do Portal Amazônia no WhatsApp

Sobre a pesquisa
A pesquisa começou em maio de 2025 e tem como foco a clonagem in vitro da mandioca. Com isso, uma única planta pode gerar várias mudas com a mesma segurança e qualidade.
Além disso, a iniciativa melhora a raiz da mandioca, que passa a crescer mais forte e resistente à vassoura-de-bruxa. Na prática, isso significa lavouras mais saudáveis, menor perda e uma alternativa concreta para conter o avanço da doença.
Leia também: O que é vassoura-de-bruxa? Veja a importância da produção do cacau no desenvolvimento da Região Norte

Resultados no campo
O município de Cutias do Araguari foi o primeiro a receber os experimentos, por concentrar grandes áreas de produção. Os resultados animaram os pesquisadores e produtores locais.
Leia também: Não parece, mas é: conheça 5 pragas que ocorrem na Amazônia
Agricultores da comunidade participam cedendo áreas e acompanhando o comportamento das plantas. Segundo o Iepa, já há relatos de produtores colhendo até 60 toneladas de mandioca por hectare.

*Por Josi Paixão e Mônica Costa, da Rede Amazônica AP
