Miniusina com caroços de açaí pode gerar energia para até quatro pessoas de baixa renda do Amapá

O projeto Biogás de Açaí é uma iniciativa da Universidade do Estado do Amapá (Ueap). Equipamento usa também restos de alimentos e esterco de animal, além dos caroços.

Foto: Reprodução/Raízes Açaí

Uma miniusina de resíduos orgânicos criada pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap) em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), promete gerar energia para até quatro pessoas de comunidades de baixa renda do Amapá, tudo isso por meio de caroços de açaí, restos de alimentos e esterco de animal.

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O Biogás de açaí, como é chamado, transforma até cinco tipos de energia sustentável, além de produzir um biofertilizante -adubo- que aumenta a produtividade e torna o fruto mais saudável, com mais nutrientes.

O nome biogás açaí foi escolhido devido à presença do resíduo do produto em diferentes etapas do processo, como no alojamento dos micro-organismos do biogás, sendo uma das primeiras etapas para a geração de energia.

Energia através dos caroços de açaí

Presente na mesa de muitos amapaenses, nesta versão o açaí ganha outro protagonismo. Os caroços que iriam ser descartados são transformados em carvão ativado para geração de energia limpa.

“Nós introduzimos o carvão ativado de açaí […] Preparamos o resíduo de açaí e colocamos no sistema trifásico do equipamento que limpa o gás e faz sair o biofertilizante de açaí e o biogás”, detalhou Penafort.

 Foto: Reprodução/Raízes Açaí

Sobre o equipamento

O modelo do projeto custa em média de R$ 16 a R$ 20 mil. Segundo os responsáveis, o investimento compensa a longo prazo, já que não precisa de manutenção contínua e pode substituir até 200 quilowatts de energia por hora, o que beneficiaria uma família de até quatro pessoas.

O equipamento foi adquirido por meio de um edital de um projeto de extensão da Ueap. Quem foi até a 53ª Expofeira teve a chance de conhecer o produto de perto.

Agora, a expectativa é que, por meio de uma parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapeap), o biodigestor seja instalado em comunidades de baixa renda do Estado. A ideia é levar energia elétrica e fortalecer a economia circular.

*Por Mariana Ferreira e Mônica Costa, da Rede Amazônica AP

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