Estudante do Amapá que criou adubo com carcaça de caranguejo é premiada e vai aos EUA

Ana Clara Souza, de 16 anos, desenvolveu o fertilizante orgânico para auxiliar comunidades isoladas. Ela ficou em primeiro lugar na categoria 'Ciências Animais e das Plantas' na Mostratec, no Rio Grande do Sul.

Foto: Reprodução

A estudante amapaense Ana Clara Souza, de 16 anos, foi premiada nesta segunda-feira (28) durante a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), em Novo Hamburgo (RS). Ela apresentou um projeto que criou um fertilizante para plantações de soja a partir da carcaça do caranguejo-uçá.

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O projeto “K+: análise da farinha do processamento da carcaça do caranguejo-uçá como uso orgânico para fertilizantes na sojicultura” ficou em primeiro lugar na categoria “Ciências Animais e das Plantas”.

Com a premiação, a estudante do primeiro ano da Escola Alexandre Vaz Tavres, em Macapá, vai representar o país na Feira Internacional de Ciências e Engenharia (ISEF, traduzido do inglês), que ocorrerá em maio do ano que vem nos Estados Unidos.

O projeto é voltado para o melhoramento da produção do grão com o uso de resíduos orgânicos encontrados na região.

Foto: Aldeni Melo

O projeto foi desenvolvido no laboratório de ciências da Escola Estadual Irmã Santina Rioli, em Macapá, onde Ana Clara estudou até o ano passado. Atualmente é ela é aluna da Escola Estadual Alexandre Vaz Tavares, também na capital.

A ideia recebeu orientação do professor Giovanne Tavares Ferreira e coorientação do professor Aldeni Melo. Para participar da Mostratec, o projeto foi aprovado e premiado na Mostra Amazônica, que ocorreu no fim de setembro em Macapá.

Para a produção da farinha do caranguejo-uçá, a aluna coletou carcaças e triturou no laboratório da escola. Foram realizados testes químicos e de amostragem de solo com o cultivo de alface e soja para analisar a biomassa produzida e a eficiência da farinha.

A proposta é criar uma alternativa inovadora para o melhoramento da produção de grãos como fonte de renda para moradores de comunidades do interior do estado.

Para testar a proposta, a aluna introduziu a agricultura da soja em uma comunidade com limitações de acesso.

*Por Rafael Aleixo, da Rede Amazônica AP

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