O estádio Zerão é o único estádio cortado pela Linha do Equador. Fonte: Mega Curioso
O Estádio Milton de Souza Corrêa, mais conhecido como Zerão, localizado em Macapá, capital do Amapá, é um dos pontos esportivos mais curiosos e singulares do planeta. A estrutura se tornou um marco internacional por ser o único estádio de futebol do mundo cuja linha central coincide com a Linha do Equador, dividindo o campo entre os hemisférios Norte e Sul.
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A peculiaridade geográfica desperta interesse de torcedores, turistas e estudiosos. Ao longo dos anos, o local se consolidou não apenas como palco de partidas de futebol, mas também como um atrativo turístico e um símbolo cultural do Amapá.

O Zerão foi inaugurado em 1990, recebendo o nome em homenagem ao ex-presidente da Federação Amapaense de Desportos, Milton de Souza Corrêa. Desde o início, sua localização despertou atenção por estar exatamente sobre a Linha do Equador, elemento que inspirou o apelido “Zerão”, referência ao marco zero da linha imaginária que divide o globo terrestre.
O projeto original previa um espaço para mais de 10 mil torcedores, mas ao longo dos anos o estádio passou por reformas e adequações, aumentando sua capacidade e modernizando a estrutura. Além do campo de jogo, a arena possui pista de atletismo e áreas destinadas a outras modalidades esportivas, reforçando seu papel multifuncional para a comunidade.
A posição geográfica é precisa: a marca do meio de campo está localizada exatamente sobre a latitude 0º, permitindo que cada equipe, ao iniciar a partida, tenha metade de seus jogadores em um hemisfério e a outra metade no hemisfério oposto.
Curiosidade geográfica e impacto cultural
O fato de o Zerão estar dividido entre os dois hemisférios confere ao estádio um charme especial e único. Em uma partida, um atacante pode avançar do Hemisfério Norte para o Sul enquanto conduz a bola, e o goleiro, na outra ponta, pode estar defendendo no hemisfério oposto. Essa singularidade atrai não apenas amantes do futebol, mas também turistas interessados em geografia e fenômenos incomuns.
O estádio se tornou ponto de visitação constante em Macapá. Muitos turistas buscam registrar fotos na linha central, com um pé em cada hemisfério, vivenciando a sensação de estar literalmente no meio do mundo. Essa característica também já foi explorada em eventos esportivos e culturais, sendo motivo de reportagens e documentários nacionais e internacionais.
A curiosidade também já despertou a atenção de vários apaixonados pelo esporte ‘Bretão’. Há diversos vídeos na internet sobre a característica única desse estádio que foram abordados em vídeos. Um desses vídeos é do criador de conteúdo digital Raphael Dantas do canal futeboldoraphael.
Utilização e eventos marcantes
O Zerão é casa de clubes amapaenses, como o Trem, o Santos-AP, o Ypiranga e outros times que disputam o Campeonato Amapaense. Também já recebeu competições regionais e nacionais, incluindo partidas da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro em divisões inferiores.

Ao longo de sua história, o estádio passou por períodos de inatividade devido a reformas estruturais, mas sempre retomou seu papel de centro esportivo da capital amapaense. Além do futebol, a arena já recebeu shows, eventos cívicos e atividades educacionais, aproveitando o simbolismo de sua localização.
O campo, medindo 110 metros de comprimento por 75 de largura, segue os padrões da FIFA, e o gramado passou por melhorias nos últimos anos para atender às exigências de competições oficiais. As arquibancadas oferecem visão privilegiada do campo e, de alguns pontos, é possível observar com clareza a marca que simboliza a passagem da Linha do Equador.
Patrimônio esportivo e turístico do Amapá
O Estádio Zerão é mais do que um espaço para o futebol: é um símbolo de identidade e orgulho para a população de Macapá e do Amapá como um todo. Sua singularidade geográfica coloca o estado no mapa mundial do esporte e do turismo, atraindo visitantes curiosos para conhecer um local onde o jogo ultrapassa a dimensão esportiva e se conecta diretamente com a geografia do planeta.

O apelido “jogar no meio do mundo” ganhou significado real no Zerão. Com um pé no Norte e outro no Sul, jogadores e torcedores vivenciam uma experiência que não pode ser replicada em nenhum outro estádio do mundo.
Assim, o Zerão segue unindo esporte, cultura e turismo, reforçando o papel do futebol como elemento de integração e preservando a memória de um espaço que é, ao mesmo tempo, um campo de jogo e um marco geográfico de importância global.
