Cachalote de 10 metros achada por ribeirinhos no Amapá

Esse é o primeiro registro de encalhe dessa espécie na costa do Amapá

Especialistas do Instituto Mamirauá confirmaram nesta sexta-feira (11) o encalhe de uma cachalote na costa do Amapá, próximo ao arquipélago do Bailique, a 180 quilômetros de Macapá. Primeiro registro desse tipo da espécie no estado, pesquisadores avaliam a possibilidade de remoção dos restos mortais para estudos.

O animal, de aproximadamente 10 metros de comprimento e sexo não identificado, é um grande cetáceo, como um golfinho, e se difere da baleia justamente por ter dentes. Ele foi encontrado por ribeirinhos da região costeira na terça-feira (8), que acionaram a equipe de pesquisadores.

A descoberta, além do Mamirauá e moradores da região, é acompanhado pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

Foto: Mamirauá/Divulgação

Devido o local de encalhe ficar na região costeira e ser uma área de difícil acesso, a equipe levou dois dias para iniciar a operação, e ainda avalia o que fazer.

De acordo com a bióloga Danielle Lima, membro do Mamirauá, o local não apresenta risco sanitário, já que fica distante das comunidades do Arquipélago do Bailique.

“Não teria necessidade de remover essa carcaça por questões sanitárias, então, [os restos mortais] poderiam ficar lá e continuar o processo de decomposição, que já está avançado”, declarou.

Por outro lado, a pesquisadora destaca que o resgate das ossadas seria um ponto positivo para estudos, uma vez que o Amapá tem poucas informações sobre o encalhe de grandes cetáceos.

“A gente já tem a informação de outros encalhes, mas é a primeira vez que registramos o aparecimento de um cachalote, que a gente consegue ter acesso a material biológico”, destacou a bióloga.

Apenas outros dois casos de encalhe foram registrados oficialmente na mesma região, um em 2009 e outro em 2018. O mais recente foi de uma baleia-jubarte, cuja ossada foi removida do local e agora integra o acervo do Iepa.

“O encalhe de baleia é provável. Esse será o terceiro registro documentado, mas outros encalhes eventuais com certeza acontecem”, afirmou Danielle.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Esses rios ainda são nossas ruas? Estudo avalia condições dos terminais hidroviários paraenses

Por apresentar uma vasta rede de rios, a Amazônia é considerada uma das regiões com potencial elevado para o desenvolvimento do transporte hidroviário.

Leia também

Publicidade