Conheça a história de seis indígenas que fazem a diferença na Amazônia

 Personalidades indígenas que são referências em diversos cenários do país

 

O Portal Amazônia mostra alguns indígenas que se destacaram em várias atividades na Amazônia. Confira:

 

Djuena Tikuna – Amazonas 

Djuena Tikuna, nasceu na Terra Indigena Tikuna Umariaçu, município de Tabatinga, região do Alto Rio Solimões. Ela é conhecida no cenário musical do Estado, sempre destacando a sonoridade indígena, todas as canções são interpretadas na língua do seu povo autodenominado Magüta. A artista já se apresentou em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasilia, além disso, ela participou da campanha musical ‘Demarcação Já’, ao lado dos cantores Chico César, Gilberto Gil, Maria Betânia e Ney Matogrosso. Em 2018,  Djuena foi indicada na categoria Música Internacional do Manito Ahbee Festival, no Canadá. O prêmio celebra a cultura, a arte e música indígena.

 Foto: Divulgação 

 

Silvia Nobre Waiãpi – Amapá

 

A indígena Silvia Nobre, da etnia Waiãpi, ganhou destaque nacional quando foi escolhida para integrar a equipe de transição do presidente Jair Bolsonaro. Sílvia nasceu na aldeia da etnia Waiãpi, no Parque Indígena do Tumucumaque, no Amapá. Ela foi a primeira mulher indígena a ingressar no exército do Brasil. A indígena passou por muitas dificuldades antes de ganhar seu merecido espaço. Ela também já atuou em algumas produções televisivas, como por exemplo ‘Uga Uga’, ‘A Muralha’ e ‘Dois Irmãos’.

 

Foto: divulgação

Jaider Esbell – Roraima

 

Jair Esbell é artista, escritor e produtor cultural indígena da etnia Makuxi. Nasceu em Normandia, estado de Roraima, e viveu, até aos 18 anos, onde hoje é a Terra Indígena Raposa – Serra do Sol (TI Raposa – Serra do Sol). Antes de ser artista, habilidade descoberta na infância, Esbell percorreu diversos caminhos, acreditava, levariam à plena condição de manifestar suas habilidades. Deixou a casa dos pais e chegou na capital Boa Vista com o Ensino Médio concluído. Como todo adolescente indígena, fez contatos pares com vilas, cidades e aldeias.
Esbell, enquanto trabalha, faz vestibular, à época não havia cotas para indígenas, é aprovado e conclui o Curso de Geografia em 2007. Ao longo de sua vida, Esbell sempre escreveu e desenhou, sempre acreditou e trabalhou para criar condições ideais para manifestar suas habilidades de artista. Em 2010 inscreve-se pela primeira vez em um edital de literatura, Bolsa Funarte de Criação Literária – programa do Ministério da Cultura para apoiar financeiramente novos escritores. Esbell leva para Roraima uma das bolsas e lança no ano de 2012 o seu primeiro livro, Terreiro de Makunaima – Mitos , lendas e estórias em vivências.


Foto: Divulgação

 


Zahy Guajajara – Maranhão

 

Fluente na língua guajajara e no português, Zahy Guajajara, da etnia de mesmo nome situada no Maranhão, ganhou destaque com trabalhos feitos para o cinema e TV. Ela trabalhava como agente de saúde no município maranhense de Barra do Corda ajudando mulheres grávidas que não falavam português nos exames e na hora do parto. Aos 19 anos, decidida a se mudar pro Rio de Janeiro, enfrentou oposição da família e da aldeia.
Fazendo trabalhos como modelo, Zahy não pensava em ser atriz até receber um primeiro convite. Tomou gosto pelo ofício e começou a estudar. Em julho do ano passado, ela participou do primeiro longa “A curva do rio sujo”, do diretor Felipe Bragança. Ela também é a protagonista do média metragem “A sociedade da natureza”  e já gravou a minissérie “Dois Irmãos” sob a direção de Luiz Fernando Carvalho.

 Foto: Reprodução / Agência Brasil


Naíne Terena – Mato Grosso

 

Graduada em Rádio e TV pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), mestre em Artes pela Universidade de Brasília (UnB), doutora em Educação pela PUC-SP e pós-doutoranda na UFMT no laboratório de Estudos sobre a informação e comunicação na educação. Esse é o currículo de Naíne Terena, que tem usado o meio acadêmico para discutir o papel dos indígenas como protagonistas na educação e na comunicação.

A etnomidia é tema constante dos estudos de Naíne Terena, que defende uma apropriação cada vez maior por parte dos povos indígenas de todos os instrumentos de comunicação para a construção e confecção de narrativas próprias. Naíne alimenta no Facebook a página “Notícias Indígenas”, um apanhado de reportagens relevantes  produzidas por diversos veículos e por ela mesma.

Em 2014, ela deu início ao “Projeto Territórios Criativos Indígenas: arte e sustentabilidade”, que desenvolveu atividades de pesquisa e capacitação em quatro comunidades indígenas de Mato Grosso, com o intuito de projetar estratégias de sustentabilidade e geração de renda geridas pelas próprias comunidades. O projeto é uma parceria entre o Ministério da Cultura (MinC) e a UFMT.

 

Foto: Reprodução / Leopoldo Silva


Anderson Tikuna

O indígena Anderson Tikuna, do Amazonas, ganhou destaque no cenário audiovisual da região. O ator que nasceu em Tabatinga sempre sonhou em trabalhar no meio artístico. Entre os filmes que ele participou foram ‘Tainá 2’, ‘A Cachoeira’, ‘A Floresta de Jonathas’ e ‘Antes o Tempo Não Acabava’. Em 2017, Anderson, ganhou o prêmio de ‘Melhor Ator’ no Festival Internacional de Cinema Queer, em Lisboa. 


Foto: Reprodução

 

 

 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Publicidade

Mais acessadas:

Fitoterapia brasileira perde a botânica e farmacêutica Terezinha Rêgo

Reconhecida internacionalmente, a pesquisadora desenvolveu projetos como a horta medicinal que beneficiou centenas de famílias periféricas no Maranhão e revelou revolta em caso que envolvia plantas amazônicas.
Publicidade

Leia também

Publicidade