16º Fórum de Governadores da Amazônia define Carta de Rio Branco

Construir uma agenda colegiada para a Amazônia Legal e apresentar a riqueza intrínseca de seus recursos naturais, sua diversidade cultural e seu potencial econômico, reafirmando a importância estratégica da região para o equilíbrio do clima e a qualidade de vida do mundo: este é o objetivo da Carta de Rio Branco. O documento foi assinado pelos representantes de todos os estados da região amazônica no encerramento do 16º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, que aconteceu na noite desta quinta-feira (26), em Rio Branco, no Acre.

Foto:Reprodução/Agência Acre
O documento preza, sobretudo, pela defesa da região, além de cobranças e o registro das conclusões das cinco câmaras temáticas realizadas ao longo do dia.
Anfitrião do evento, o governador Tião Viana ressalta os compromissos marcados no documento. “O Acre está maduro, nas suas responsabilidades. Nosso estado alcançou os seus resultados de metas propostas, e isso é comprovado. Reduzimos em 34% o desmatamento no estado no último ano. Conservar é uma questão que nos orgulha”, conta.
Representando o Ministério do Meio Ambiente, Everton Lucero, secretário de Mudança do Clima e Florestas, ressaltou o papel do governo federal na concretização dos objetivos estipulados pelo documento. “Nós queremos que contem com o Ministério do Ambiente como parceiro nessa reivindicação, queremos que o mundo valorize, reconheça e saiba que a manutenção da floresta, a conservação com o desenvolvimento sustentável, é um benefício de toda a humanidade e nós, em conjunto, somos os primeiros interessados em que isso aconteça. Estamos nessa reunião e com a Carta de Rio Branco reforçando a voz da Amazônia junto ao mundo”, disse.
Diálogo e parcerias
Para o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, o 16º Fórum e o documento passam um sentimento de mudança. Ele ressaltou ainda o protagonismo do Acre e do estado do Centro-oeste nas questões de desenvolvimento ambiental e de redução do desmatamento.
“Nós assumimos metas diferenciadas. Enquanto as metas da República [Brasileira] foram para 2030, Mato Grosso e Acre foram [antecipadas] para 2020. A sociedade mato-grossense assumiu o compromisso de desenvolver mais e não desmatar mais”.
Já para o governador de Rondônia, Confúcio Moura, as atitudes devem ser enérgicas: “A Amazônia é grande e submissa. Grande e sem força. Precisamos de um poder maior. De um consórcio generoso”.
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