A jornada na foz do grande rio

Hoje começaremos a navegar pelo maior rio do mundo. Iniciamos a nossa jornada na foz do grande rio

Olá.

Hoje começaremos a navegar pelo maior rio do mundo. É o relato dos primeiros dias da Expedição Pedro Teixeira, a Nova Descoberta do rio das Amazonas que estamos realizando pelos rios da Amazônia.

Iniciamos a nossa jornada na foz do grande rio. Não foi bem lá que Pedro Teixeira iniciou sua expedição em 1637, mas tomamos como ponto de partida a cidade de Macapá que fica nas imediações da foz do rio Amazonas. A intenção era caracterizar a nossa navegação a partir da foz.

Kûara em frente a Macapá – Foto: OGuarany

Durante quase dois anos fizemos o planejamento, pesquisa, preparação do barco e busca de apoiadores. Nos dias que antecederam a partida o trabalho foi intenso. São muitos detalhes, muitas providências, afinal, vamos levar cerca de 1 (um) navegando.

Nosso barco é um veleiro, Dufour 30″. Tem duas cabines, uma na proa e outra na popa; um salão onde tem a mesa de jantar e dois acentos, que viram sofá-cama e dá para duas pessoas dormirem; cozinha, banheiro, mesa de navegação onde ficam os painéis elétricos e os medidores; radio VHF e outros equipamentos de navegação como GPS, sonda, estação de vento, speedimetro, bússola , entre outros. 

Veleiro Kûara – Foto: OGuarany

Levamos conosco um cão, o nosso mascote, mas que na verdade já parte da nossa vida e nós o chamamos de “Cãopitão Boris”, o nome dele é Boris Yeltsin Saravejo Brejnev Guarany Kaiwoá.  

Cãopitão Boris – Foto: Bia Oliveira

Nossa primeira perna é no trecho Macapá-Belém. Macapá é a única capital da Amazônia banhada pelo rio Amazonas. Na verdade a foz está bem próxima à cidade de onde é possível ver a imensidão do rio e imaginar esse gigante despejando todos os dias cerca de 1 milhão e 300 mil toneladas de sedimentos no oceano Atlântico.

Nosso primeiro desafio é a travessia da baia de Macapá com 18 km de largura. Fomos abençoados e a travessia foi tranquila. 

Veleiro Kûara I Atravessando o Amazonas – Foto: Bia Oliveira

Entramos pelo furo da cidade. É a rota que nos leva ao emaranhado de rios e furos que compõem o delta do rio Amazonas.

Tempestade a vista. À nosso bombordo vislumbramos a formação de uma tempestade, mas felizmente o vento virou a levou para bem longe, mas sentimos a força do vento que mexeu com a baia do Vieira, já que a tempestade se formou quando fazíamos a nossa segunda travessia nessa jornada.

Ao navegar por esse furos, esses rios estreitos, é possível ter uma visão mais próxima das comunidades que se instalaram nas margens e dá para observar um modo de vida muito próprio do ribeirinho.

Nosso primeiro pernoite foi no porto São Benedito, após 60 milhas navegadas, onde fomos recebidos pelo seu Abel e a Dona Deusarina. Ganhamos manga e limão de presente e no dia seguinte retomamos a viagem. 

Capitão OGuarany com D. Deusarina e a menina Angélica – Foto: Divulgação

Por volta das 16h, e cerca de 40 milhas navegadas começamos a procurar um lugar seguro para o pernoite. Estamos no rio companhia.

Na próxima coluna vamos continuar contando as nuances da nossa jornada da Expedição Pedro Teixeira, a Nova Descoberta do Rio das Amazonas.

Um forte abraço! 

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