Os bastidores da ciência amazônica

Existem diversos desafios na arte da popularização da ciência, mas acreditamos que é pelo cultivo da curiosidade e do pensamento crítico que iremos vencer estes desafios.

Foto: Miguel Monteiro

Pesquisadores, pesquisadoras, cientistas… o que fazem na Amazônia? O que motiva o dia a dia desses seres curiosos em busca de conhecimento na Amazônia, esta região formada por tantas Amazônias diferentes? São biólogos, geólogos, sociólogos, arqueólogos, hidrólogos, meteorologistas, médicos, veterinários, cada um à sua maneira tentando entender um pouco mais de tudo aquilo que faz esta rica região tropical tão especial.

E apesar de a ciência estar presente em tudo o que nos cerca nas nossas rotinas, há ainda muita dúvida sobre o que é ser cientista, sobre como se faz ciência, sobre o que é ciência e sobre como deixar a ciência mais acessível para a população. Parte desse desafio é a popularização da ciência. É transformar aquele trabalho complexo, com muitos termos técnicos, em algo interessante para quem está no ponto mais distante desse caminho. Existem diversos desafios na arte da popularização da ciência, mas acreditamos que é pelo cultivo da curiosidade e do pensamento crítico que iremos vencer estes desafios. Em especial na região amazônica, com uma ciência tão diversa quanto as sociedades que habitam este bioma, quanto os peixes que nadam por seus rios, quanto os rios que a percorrem em suas múltiplas cores e formas.

Desde 2019, tentando aproximar a ciência que se faz na Amazônia à população em geral, cientistas têm desenvolvido diversas ações por meio da Rede Conexões Amazônicas. Foram várias atividades, da realização de eventos e elaboração de almanaques de histórias em quadrinhos à publicação de artigos de divulgação científica, culminando com a Revista Conexões Amazônicas, lançada no final de 2023. É motivado por essa ideia de popularizar a ciência que estreamos com muita alegria esta nova coluna no Portal Amazônia.

E o que leitores e leitoras encontrarão aqui? Bastidores da ciência, os famosos “causos de campo”, práticas de laboratório. Ou seja, a prática por trás dos artigos científicos, a ciência que nem todo mundo vê, mas que queremos lhe mostrar. Traremos depoimentos e visões de diferentes cientistas da nossa região, suas vozes, suas percepções, seus desafios. O objetivo? Encantar a todos(as) os leitores com os mistérios do que é fazer ciência e, quem sabe, até motivar futuros e futuras cientistas na região. Afinal, o que não faltam são mistérios a serem desvendados nessas tantas Amazônias que nos circundam. E querem um spoiler? Na próxima coluna, não percam… O incrível encontro de um cientista com um dos maiores símbolos amazônicos: a onça-pintada!

Com a colaboração de:

Bianca Darski – analista de pesquisa e desenvolvimento em popularização da ciência do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. É bióloga, mestre em zoologia e doutora em ecologia. É co-fundadora da Rede Conexões Amazônicas e entusiasta de uma ciência colaborativa e inclusiva. Atualmente se dedica a atividades de comunicação e extensão para promoção de uso sustentável dos recursos naturais e igualdade socioambiental na Amazônia.

Paulo Rógenes Monteiro Pontes – Engenheiro Civil (UFAL), mestre e doutor em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH/UFRGS). Atualmente é pesquisador adjunto do Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), atuando no grupo de pesquisa Geologia Ambiental e Recursos Hídricos. Desenvolve projetos nas áreas de hidrologia, modelagem hidrológica, mudanças climáticas e da paisagem, geoprocessamento e sensoriamento remoto, tendo como escopo geográfico a Amazônia (bacia hidrográfica e Legal) e bacias do sudeste do Brasil. Também é professor do Mestrado Profissional em Uso Sustentável dos Recursos Naturais em Regiões Tropicais do ITV-DS. Atuou como professor da Universidade do Vale do Sinos (Unisinos) e como consultor em diversos planos de bacias hidrográficas no Brasil, assim como em projetos de pesquisa e desenvolvimento para o setor hidrelétrico.

Sobre o autor 

Ayan Fleischmann é pesquisador titular do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, sendo mestre e doutor em recursos hídricos. Em sua trajetória tem pesquisado as águas e várzeas amazônicas em suas múltiplas dimensões. É o presidente da ONG Rede Conexões Amazônicas e seu representante na coluna Conexões Amazônicas no Portal Amazônia.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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