Lenda das Amazonas

Amazonas foi o nome dado às mulheres guerreiras da Antiguidade que habitavam a Ásia Menor e cuja existência alguns historiadores consideravam um mito.

Amazonas foi o nome dado às mulheres guerreiras da Antiguidade que habitavam a Ásia Menor e cuja existência alguns historiadores consideravam um mito. Segundo a lenda, elas removiam um dos seios para melhor envergar o arco, deixando o outro para amamentar seus rebentos, que, se nascessem do sexo masculino, eram impiedosamente sacrificados. Amazonas, aliás, quer dizer sem seios (mazos) em grego. No século XVI, essa designação foi dada
a mulheres com as mesmas características, cuja existência histórica é discutida e que combaterem os conquistadores espanhóis no baixo-Amazonas.

Os índios falavam em Icamiabas, que significa “mulheres sem maridos”. As Icamiabas viviam no interior da região do Rio Nhamundá, sozinhas. Ali, eram regidas por suas próprias leis. A região era denominada por estes aventureiros de País das Pedras Verdes e era guardada por diversas tribos de índios, das quais a mais próxima das Icamiabas era a dos Guacaris. Dizia-se que as Icamiabas realizavam uma festa anual dedicada à lua e durante a qual recebiam os índios Guacaris, com os quais se acasalavam. Depois do acasalamento, mergulhavam em um lago chamado Iaci-uaruá (Espelho da Lua) e iam buscar, no fundo, a matéria-prima com que moldavam os muiraquitãs, com os quais presenteavam os companheiros. Os que recebiam, usavam orgulhosamente pendurados ao pescoço.

No ano seguinte, na realização da festa, as mulheres que tinham parido ficavam com as filhas e entregavam os filhos para os Guacaris… De qualquer forma, quando se pronuncia Amazônia, não se pode deixar de pensar em muiraquitãs e em mulheres guerreiras, mas também amorosas, como, aliás, são as mulheres da Região Amazônica.

Motivos semelhantes levam esse grande contingente populacional a se deslocar para Alter-do-Chão, uma vila turística localizada na margem direita do rio Tapajós e ligada por via rodoviária à cidade de Santarém. O rio Tapajó possui característica única entre os afluentes do Amazonas: suas águas são cristalinas e, em frente à
vila, com a descida das suas águas durante o verão, surge uma lagoa cor de esmeralda cercada por bancos de areia branca apropriadamente denominada de Lago Verde.

O lago, também chamado de Lago dos Muiraquitãs, era ponto de passagem obrigatório das índias Amazonas.

Era no Lago Verde, considerado sagrado pelos indígenas, que as Amazonas recolhia a nefrite (um mineral esverdeado), para produzir seu muiraquitãs, pequenos artefatos talhados na referida pedra em forma de sapos, tartarugas e serpentes, e ao qual se atribuem virtudes de amuleto. Os muiraquitãs eram oferecidos à mãe lua, em
troca de favores. Diz à lenda que no fundo do lago há uma pedra mágica escondida. É essa pedra que dá ao lago a sua cor azul nas primeiras horas da manhã, mas que se transforma num verde intenso, durante o dia. Na realidade, isso pode ser o efeito do sol penetrando as águas transparentes e iluminando o fundo do lago, rico em nefrita.

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