Uma parceria realizada entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), Ministério Público Estadual (MPE) e a Prefeitura de Barra do Garças permitirá a realização da peregrinação ao Mirante de Cristo, localizado no Parque Estadual Serra Azul (Pesa). O evento ocorrerá na próxima sexta-feira (14), das 6h às 12h. Como o parque continua interditado, o acesso dos visitantes é permitido exclusivamente por meio da escadaria.
A peregrinação é uma tradição antiga no município. Registros de uma placa de 1984 colocada no Cristo provam a seriedade do momento e sua importância aos fieis da cidade. De acordo com a gerente do parque, Cristiane Schnepfleitner, essa é uma oportunidade para as pessoas fazerem suas orações, fortalecendo a espiritualidade.
“O desejo dos cristãos é viver a fé e ter um dia especial de dedicação à Cristo. A reabertura do mirante irá proporcionar esse momento importante”. Cristiane pede a colaboração de todos e alerta que não será permitida a descida até as cachoeiras, nem a entrada de veículos no interior da unidade.
Durante o evento, a equipe da Sema no município fará a fiscalização e o controle da peregrinação com apoio da Polícia Militar (PM-MT), Corpo de Bombeiros, força aérea local, Batalhão de Infantaria Motorizado, Associação dos Amigos dos Animais, do Instituto Ambiental Portal do Roncador e da Brigada Aliança da Terra. “Queremos garantir a segurança de todos para que não haja desvio do objetivo, que é a caminhada até o Cristo”. Em anos anteriores, o público para este evento oscilou entre cinco mil e oito mil pessoas.
Sobre o parque
O Parque Estadual da Serra Azul possuiu 11 mil hectares, no município de Barra do Garças e tem a vegetação de Cerrado. Foi criado como uma das 46 unidades de conservação do estado a partir da Lei nº 6.439, de 31 de maio de 1994. Com a proposta de oferecer mais conforto e segurança às pessoas, a Sema iniciou a reforma da guarita da entrada principal do parque. Em 90 dias, a obra estará finalizada.
A unidade foi fechada entre o fim de agosto e início de setembro de 2014 em razão de uma ação recomendatória do MPE, depois que um incêndio queimou 80% da cobertura vegetal da área. Na época, entendeu-se que o órgão ambiental não tinha condições de manter a conservação do parque para uso público, nem para proteção da biodiversidade. O conselho consultivo não estava em funcionamento, bem como o plano de manejo para o local não estava implantado.