No Acre, canal ‘Lugar Inexistente’ faz sucesso com paródias e sátiras

a internet, não é difícil encontrar piadas ou memes com o Estado do Acre, um grupo do município de Mâncio Lima, decidiu entrar na brincadeira e criou o canal ‘Lugar Inexistente’. Segundo o G1 Acre, o objetivo deles é ironizar, por meio de sátiras e paródias, o mito de que o Acre não existe.

Entre os vídeos estão versões cheias de efeitos especiais de animes como Naruto, Dragon Ball e Mortal Kombat que levam até um mês para serem editadas. Um dos vídeos ironiza publicações de youtubers famosos mostrando quanto pagaram no “look de blogueiro”. O canal já conta com mais de 300 mil inscritos.

Foto:
Na versão acreana o quadro “Quanto custa o Outfit?” é pago em cocos e, entre os itens de luxo, estão pulseira de rabo de capivara, anel de couro de cobra, cordão de rabo de piton e luva de arraia.

O perfil foi criado há quase 5 anos pelo estudante de educação física Uandry Andrade, de 20 anos, que mora no município de Mâncio Lima, no interior do Acre. Além dele, outros seis integrantes trabalham nos roteiros, atuação e filmagem.

“Conversava com um amigo e falamos em criar um canal sobre as pessoas que queriam zoar o Acre e dissemos que iríamos zoar juntos para mostrar que não ligamos. Ele perguntou qual seria o nome do canal e falei que, como falam que o Acre não existe, iríamos colocar de ‘Lugar Inexistente’ e foi assim que surgiu”, lembra o youtuber.

Paródias live-action – com pessoas reais fazendo cenas de filmes ou séries de animação – são os mais visualizados. O vídeo com título ‘Mortal Kombat VERSÃO ACRE (Live Action)’ já possui mais de 3 milhões de visualizações. Apesar de bem-humorados, os estudantes também sofrem com as críticas.

“Antigamente os acreanos ficavam com raiva quando fazíamos sátiras com a ‘versão Acre’ e diziam que estávamos mentindo, que no Acre não era assim, que a gente nem morava no estado. Eles não entendiam que estávamos usando a ironia, mas hoje entendem mais isso”, destaca.

Gravações

O youtuber relata que os vídeos de paródias musicais são gravados em apenas um dia e quem não tiver aparecendo na cena fica responsável pelas filmagens, não há um cinegrafista fixo.

Entretanto, vídeos com cenas de luta podem levar até um mês para serem finalizados com acréscimo de efeitos especiais, caso os personagens tenham poderes. Além disso, como possuem apenas uma câmera, as cenas de luta precisam ser gravadas várias vezes de ângulos diferentes, o que acaba levando dias de gravações.

Para os cenários das filmagens, o grupo usa o sítio do avô de Andrade e propriedades vizinhas dependendo da cena que querem fazer.

“Em Dragon Ball Z, por exemplo, a gente escolheu como cenário um sítio ao lado do meu avô onde houve uma queimada para dizer que estava destruído. Para editar uma paródia levo umas 4 horas, para editar um vídeo de uma luta – que tem poderes – é no mínimo é uma semana, já passei um mês e meio editando um único vídeo”, relata.

Com a ajuda de uma loja, os integrantes do canal conseguiram doações de peças que faltavam para montar um computador para fazerem edições melhores. Andrande relata que o grupo não ganha praticamente nenhum dinheiro no Youtube, mas espera que isso mude e que o canal cresça junto com a qualidade de novos vídeos postados.

“Acho que o canal tem muito a crescer. A gente não tinha tanto dinheiro assim para comprar um computador, mas fomos juntando e também conseguimos algumas peças, pois nosso computador é muito ruim. Então, de agora em diante, vamos poder fazer vídeos bem mais produzidos, trabalhados, com efeitos melhores. Nossas inspirações, hoje em dia, somos nós mesmos, tentamos fazer algo diferente sempre”, afirma.
Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Minissérie mistura missão astronauta com salinização das águas enfrentada no Bailique, no Amapá

Produção foi realizada durante 13 dias no Arquipélago do Bailique, mostrando a elevação extrema do nível do mar a e salinização do rio Amazonas em meio a uma missão astronauta.

Leia também

Publicidade