Foto: Editora Lendari/Cedida
Depois de apostar em mundos fantásticos que habitavam apenas a mente de jovens doAmazonas com a editora independente Lendari, o jornalista Mário Bentes traz mais uma novidade editorial para Manaus. A ‘Casa Literária‘ é o segundo selo do amazonense apaixonado por literatura, que estreia na 24ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo “de carona” no estande da Lendari.
A editora trabalhará antologias poéticas e uma coleção de livros-reportagens.”A Casa Literária surgiu da necessidade de horizontalizar os segmentos literários que vinham procurando a Lendari, que é mais vertical e segmentada. Para poder abrir espaço para tipos mais plurais de literatura, prosa e poesia, optamos por um segundo selo editorial”, afirmou o editor-executivo da editora ao Portal Amazônia.
Segundo Bentes este é um investimento importante para a literatura local, porque “pluraliza as oportunidades para novos autores”.
Primeiro título
O título de estreia já está pronto. Trata-se do livro de crônicas ‘Tempos de Memória’, do professor e filólogo Odenildo Sena. “Era um trabalho dele em andamento há algum tempo e que ele apresentou a mim quando comentei, por alto, da possibilidade de lançar um novo selo com os requisitos da Casa Literária. Aceitei de imediato e me senti honrado de ter a oportunidade de lançar um livro de Odenildo Sena”, contou Bentes.
Odenildo Sena mostrou-se satisfeito com a nova empreitada do colega e agora editor. “Já conhecia o Mário e tive a honra de escrever o prefácio de ‘Quando a selva sussurra’, que ele editou. A partir daí, achei que seria interessante publicar um livro por uma casa editorial que está chegando ao mercado. Acho, também, que é uma grande força que se soma ao pioneirismo e à coragem do Mário”, justificou.
O filólogo considera esta publicação o segundo volume de uma trilogia de crônicas. O primeiro foi ‘No tempo de eu menino’. Questionado sobre a possibilidade de manter a parceria para o terceiro livro, Sena foi enfático.”Com certeza. ‘Tempos de memória’ será uma edição muito bonita e quero fazer questão de dizer que o Mário foi o editor”.
Bienal
Com viagem marcada para esta quarta-feira (24), Mário Bentes irá preparar o espaço para receber o público que quer conhecer a imaginação de autores amazônidas. Apesar da ‘Casa Literária’ já mostrar ao mercado sua missão nesta edição, a ideia na próxima edição da Bienal (2018), é ter dois estandes, um para cada editora apresentar suas publicações.
Alguns dos 13 autores da antologia ‘Quando a selva sussurra’ e também os três autores dos novos títulos da Lendari – ‘Minhas conversas com o Diabo – Livro um’, do próprio Mário Bentes; ‘A rainha de Maio’, de Jan Santos; e ‘Quase o fim’, de Leila Plácido – devem passar pelo estande L079 da Travessa Literária na Bienal. Bentes afirmou ainda que reserva surpresas para o final do ano, mas não quis dar pistas do que se trata. A Bienal acontece de 26 de agosto a 4 e setembro no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo (SP).