Editora independente do Amazonas busca apoios culturais para a Bienal do Rio

Com sete títulos de autores nacionais para levar à edição deste ano da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que acontece entre agosto e setembro, a editora independente amazonense Lendari abriu a possibilidade para que empresas possam estampar suas marcas nos miolos das obras, brindes e outros impressos em troca de apoio cultural.

A ideia do selo especializado em fantasia e ficção científica é obter mais recursos para ajudar a financiar pelo menos quatro obras inéditas, reimprimir outros títulos de sucesso já esgotados e investir nas operações de logística, como hospedagem e translado dos livros até o pavilhão Riocentro, na Barra da Tijuca, espaço que sediará a décima-oitava edição do maior evento literário do Brasil.

Quatro novos títulos fazem parte dos projetos de 2017 da editora amazonense. Foto: Gaby Firmo de Freitas

“Além de ajudar a lançar os novos livros, a abertura de espaço como apoio cultural é uma forma de aproximar as empresas do setor privado no circuito cultural. Em tempos de crise, esse tipo de investimento pode ser uma forma alternativa e interessante de promoção de marcas: você não exibe sua empresa, simplesmente, mas a associa com literatura e cultura”, avalia o editor Mário Bentes, criador da Lendari.

Entre os títulos de destaque para 2017, está ‘O Capirotinho: uma dose de porquês antes do fim’, do ilustrador mineiro Guilherme Infante, que chega ao mercado editorial depois de fazer enorme sucesso nas redes sociais com seu personagem: um diabinho que faz reflexões pessimistas e bem-humoradas sobre diferentes aspectos da vida.

Outra obra é ‘Alec Dini e o Vórtice do Tempo’, do paulista Felipe Recchia Pan, que vai explorar a lacuna deixada por Harry Potter. Mas, neste caso, a série vai investir em uma fantasia baseada em mitologias pouco exploradas, como as lendas celtas do Reino Unido e da Irlanda, e os contos clássicos do Rei Artur.

A editora ainda vai lançar dois outros títulos: ‘O último Gargalo de Gaia: distopias, steampunk e dias finais’, antologia de ficção científica com autores de todo o país, e ‘O Chamado à Aventura de Criar: a jornada do herói, criação de personagens e métodos de escrita’, obra de Bentes que visa orientar novos autores. Já os livros esgotados são ‘A Rainha de Maio’, de Jan Santos; ‘Quase o fim’, de Leila Plácido; e ‘Minhas conversas com o diabo’, do próprio Bentes.

O editor explica que as empresas interessadas podem entrar em contato com a Lendari para saber as possibilidades de exposição de marca, valores e contrapartida. “Queremos ampliar o que conseguimos em 2016, para a Bienal de São Paulo, quando tivemos três empresas parceiras. Para 2017, são mais títulos e, portanto, mais investimentos. Queremos montar ações estratégicas em que todos saiam ganhando”, garante. Os contatos podem ser feitos pelo site da editora, redes sociais ou pelo e-mail principal@lendari.com.br.

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