Reza Pakravan já atravessou o deserto do Saara e áreas gélidas do Ártico usando apenas uma bicicleta. Agora, o ciclista aventureiro quer atravessar a Rodovia Transamazônica. A odisseia será documentada pela jornalista Pip Stewart, que acompanhará Pakravan do começo ao fim da viagem.
O trajeto compreende a Amazônia, desde o Oceano Atlântico até o Pacífico, cruzando o Brasil e o Peru. A viagem vai levá-los a regiões remotas onde vão conviver com povos tradicionais da região, cujas vidas estão sob ameaça por vários crimes ambientais.
Os dois chegaram em Belém, no Pará, na última terça-feira (13) e atualmente eles estão na cidade de Tucuruí. No diário de viagem disponível nas redes sociais, constam passagens por comunidades indígenas, feiras de artigos regionais e instituições que trabalham na Amazônia. Uma das primeiras paradas aconteceu no Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), onde entrevistaram o pesquisador Carlos Souza sobre a questões climáticas. Além das imagens da paisagem local e a experiência de Pakravan e Pip, o filme terá conversas com as autoridades locais sobre os problemas que a região enfrenta.
Viajante
Pakravan foi jogador profissional de basquete durante 15 anos. Após deixar as quadras ele resolveu investir em novos caminhos que o levaram a se aventurar por grandes percursos de bicicleta. Desde então, já viajou por locais inóspitos e pouco conhecidos, da Patagônia e ao Saara. Além disso, fez circuitos nas Montanhas do Himalaia e na cadeia do Atlas, no norte da África. Em 2012 ele foi escolhido pela revista Men’s Fitness como um 20 viajantes mais experientes do mundo.
Foi promovido um amplo debate com outros órgãos para aprimorar as medidas de prevenção e resposta aos eventos climáticos extremos nas terras indígenas.