Amazon Sat: há 20 anos sendo a cara e a voz da Amazônia

No último dia de 2017, o Amazon Sat, canal temático que é a cara e a voz da Amazônia e do Amazônida, comemora 20 anos de criação. O veículo nasce da liberação de um espaço no satélite que a Rede Amazônica usava para gerar programação para suas afiliadas, no interior e em outros estado da região. Com isso, foi dada a largada ao que hoje é o Amazon Sat.
O canal surgiu dentro de uma das expectativas que o jornalista Phelippe Daou, um dos fundadores do Grupo Rede Amazônica, tinha de criar um canal que traduzisse a Amazônia do jeito que ela é.
  
Primeiro Suíter do Canal | Foto: Acervo Abrahim Baze

Na voz dos colaboradores do grupo, o Portal Amazônia foi atrás de histórias, lembranças e curiosidades que fazem o Amazon Sat ser a cara e a voz da Amazônia e do amazônida.

Dr. Phellipe Daou JúniorCEO Grupo Rede Amazônica
    

Foto: Divulgação / Rede Amazônica

“Há cerca de 16 anos atrás, quando o nosso sinal ainda estava no satélite, diversos fatores nos levaram a uma reunião para decidirmos que rumo tomar com o canal: continuar em sinal aberto atendendo a grande audiência dos espectadores da parabólica, fechar o sinal e fazer algo regionalizado ou deixar o projeto? Escolhemos retirar nosso sinal do satélite e dar prosseguimento potencializando a nossa proposta de valor, que é ser a cara e a voz da Amazônia e do Amazônida. E continuamos até hoje, com um conteúdo mais aprofundado, mesmo que fora das parabólicas, mas com o compromisso de levar o Amazon Sat ao amazônida”.

Abrahim Bazeprofessor e historiador 

     

Foto: William Costa / Portal Amazônia

“Eu me lembro que o Amazon Sat nasceu ao lado do gabinete do Phelippe Júnior, em que trabalhavam um gestor, um produtor e apenas um jornalista: eu. Nesse momento, o doutor Phelippe Daou me contactou e me convidou para fazer um programa no canal, e eu topei a ideia. Assim nasceu o Literatura em Foco, que segue no ar até hoje, um esforço coletivo de uma equipe brilhante. Eu digo que o Amazon Sat hoje é o canal que mais prepara profissionais para o mercado, um grande laboratório de televisão. Foram muitos que passaram ao longo desses 20 anos, mas que aprenderam aqui, ou seja, todos os que passaram por aqui, saíram ainda mais apaixonados pelas suas profissões”. 

Raimunda Lopes (Tia Rai) – copeira

“Eu cheguei aqui através da dona Magdalena Daou. Quando fiquei desempregada e viúva, a dona Magdalena me chamou para trabalhar aqui no grupo. Eu comecei muito antes do Amazon Sat existir, mas estou há anos aqui. Eu digo que o canal é meu marido, ele me sustenta, é meu emprego, é tudo pra mim. Eu cuido como se fosse minha casa, quando alguém joga um papel eu brigo, quando eu vejo algo bagunçado eu arrumo”.

Ivanilde Barbosa – supervisora de operações

    

Foto: Acervo Pessoal / Ivanilde

“Eu entrei no Amazon Sat em 2005, e passei por diversos departamentos, aqui dentro ganhei o apelido de Garotinha, pois quando entrei, tinha uma amiga que fazia a mesma função que a minha em outro horário, e eu sempre chamava ela de garotinha, dai passei a chamar os outros colaboradores da garotinhos, e isso voltou contra mim, agora todos me chamam de garotinha”.

Mariane CavalcanteGerente Geral da Amazônia Cabo       

Mariane ao centro | Foto: Acervo Pessoal / Renan Moraes

“O Amazon Sat foi meu primeiro emprego, e é o que estou até hoje. Eu não sei como é trabalhar em outro lugar, defender outra bandeira. Comecei como produtora e fui subindo de cargo, mas uma das coisas que mais me chamam atenção aqui são as transmissões. Você tem muitas pessoas envolvidas em eventos grandiosos e muitos ficaram marcados em minha cabeça, como o Festival de Ópera, Jazz, e outros que tanto me emocionaram”.

Anderson Mendesgerente de programação e conteúdos especiais
     

Foto: Acervo Pessoal / Anderson Mendes

“Sem dúvida o que mais me marca são as transmissões. Uma delas foi a gravação do DVD da banda Scorpions, além dos eventos culturais, como os tradicionais concertos de natal. Outra coisa que marca a gente é a identificação do público com o canal, que tem uma imagem super positiva na região, e uma grande receptividade por onde passamos. Temos hoje, 24 horas de programação própria, e conteúdos de todos os Estados da região norte. 

Ronaldo Limagerente de produção 

    

Ronaldo Lima e Amarildo Silva  |  Foto: Acervo Pessoal / Ronaldo Lima

“Eu estou aqui a 8 anos e posso contar muito das andanças que tive por aqui. Eu comecei como produtor e uma das minhas viagens, foi para o Festival das Tribos de Juruti (PA). Eu não sabia nem que existia, mas foi uma viagem que me rendeu muitas amizades. Passar praticamente 15 dias viajando e produzir uma transmissão ao vivo, foi uma experiência sensacional. E uma das coisas que mais me chamaram a atenção no trajeto entre Manaus e Juruti, foi que quando alguém passa na região, os ribeirinhos gritam uns aos outros, avisando que está passando um barco, que já passa um pouco mais lento, para dar a possibilidade dos ribeirinhos chegarem com suas canoas mais próximos das embarcações para pedirem alimentos, roupas ou alguma outra coisa. Até pela dificuldade que eles tem em conseguir algo na região. Isso me marcou muito”.

Amaral AugustoGerente Geral de Programação, Conteúdo e Jornalismo
     

Foto: Acervo Pessoal / Amaral Augusto

“Quando eu comecei aqui no canal, eu vim para apresentar o Amazônia Rural, que tinha a proposta de integrar melhor as experiências do campo e em um momento em que o agricultor familiar perdia tempo e dinheiro com coisas quem nem sempre davam certo, e o programa tinha a proposta de ajudar. E das minhas andanças pelos estados da Amazônia, tem algumas histórias. Uma das que mais me chamaram a atenção foi de uma família de agricultores, que não moram tão distantes da Manaus, nas proximidades do ramal do Pau Rosa, na altura do quilômetro 21 da BR 174. Acompanhamos o trajeto que os filhos desta família faziam para chegar à escola. Eles se acordam por volta de 3 e meia da madrugada, para caminhar por 3,8 quilômetros em uma vicinal cheia de lama, e ao término desse trajeto, os alunos tinham que se lavar para entrar em um ônibus e seguir a viajem até a escola, e o retorno da mesma forma, chegando em casa por volta das 3 da tarde, ainda iam ajudar os pais no cultivo das lavouras. Isso me mostrou o quanto é difícil chegar à escola e a vida sofrida que levam, mas o compromisso com a educação que aqueles pais tinham para com seus filhos”.

Lidiane Castrosupervisora do núcleo de produção    

Foto: Acervo Pessoal / Lidiane Castro

“Eu sempre tive o desejo de trabalhar aqui, e depois de 3 meses no processo seletivo, quando eu recebi a ligação para ficar, eu vibrei gritando no telefone. E quando eu comecei, meu chefe na época, disse que me escolheu pela minha empolgação. Eu fui contratada para ser repórter e no primeiro dia eu tomei um banho de lama em frente à TV. Como fazer reportagem assim?! Essas coisas iam para o Satirizando, um programa que a gente tinha de erros de gravação, que ia ao ar aos finais de ano, além das externas emocionantes que vivi ao longo desse anos de Amazon Sat”.

CuriosidadesNo primeiros anos do canal eram apenas transmitidas imagens da Amazônia, como a flora, fauna, as cidades da região. Ao longo dos anos foi se consolidando e criando sua própria programação, inserindo o jornalismo, o entretenimento, as grandes transmissões, e formando uma rede de produção nos e dos estados da região Norte.A marca do canal não foi inspirada em um planeta, como muitos pensam, mas segundo Phelippe Daou Júnior, CEO do Grupo, a logo nasceu como uma releitura da marca da Rede Amazônica.”Criamos um departamento de design e criação de artes para a Rede Amazônica, algo que nenhuma outra emissora tinha na época, e a primeira logo desenvolvida por eles foi a do Amazon Sat, que é uma sobreposição das vírgulas da marca da Rede Amazônica, como se fosse olhando para a logo a partir de uma perspectiva plana, como na horizontal, e com as modernizações, a marca segue até hoje”, disse.
    

Foto: William Costa / Portal Amazônia

  
O mascote
No Amazon Sat, por estar em uma área alta da cidade, próximo de reservas florestais e da mata, como a da Universidade Federal do Amazonas e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, é comum a presença de passarinhos e outros animais. Mas o mascote é o Pitty, um cachorro que faz a alegria da família Satiana e mora no prédio do canal, e quem cuida é a copeira Raimunda Lopes. “Eu gosto muito de cachorros, e já chegamos a ter 5 animais aqui. Hoje só temos o Pitty, porque alguns foram doados, mas é uma alegria ver os animais correndo pelos espaços do TV”, disse.
   

Pitty | Foto: William Costa / Portal Amazônia

Sobre o Canal  O canal é transmitido para os Estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá por meio de televisão aberta alcançando as 5 capitais e municípios vizinhos, além das 41 retransmissoras na região. Em pelo menos sete municípios, chega pela televisão paga por assinatura, além da internet e redes sociais digitais, que dão ao Amazon Sat uma visibilidade mundial. Também está presente com aplicativo para smartphones e tablets, ou seja, o compromisso da multiplataforma, que segundo o CEO do GRAM, é para onde o canal deve caminhar.

“Continuamos os investimentos, e pretendemos lançar o Amazon Sat Digital, que é o nosso olhar para um mundo novo no consumo de televisão. Produzirmos diferentes conteúdos e disponibilizarmos em diversos formatos e plataformas. Proporcionar ao nosso espectador a melhor e mais profunda experiência de consumo”, disse.Um dos diferenciais do Amazon Sat é o compromisso com o desenvolvimento sustentável da Amazônia, e ao longo dos anos, isso se evidenciou com a conquista das certificações ISO 9001 e ISO 14001, que representam a responsabilidade da empresa com o uso de recursos tecnológicos, financeiros e humanos no desenvolvimento e no bem-estar da sociedade.O Amazon Sat 20 anos: a cara e a voz da Amazônia e do Amazônida.      

Entrada do Amazon Sat  | Foto: William Costa / Portal Amazônia

    

Pitty e ao fundo “Tia Rai”   | Foto: William Costa / Portal Amazônia
  

Foto: Acervo Pessoal / Maurício Oliveira

   

Foto: Acervo Pessoal / Renan Moraes

   

Foto: Acervo Amazon Sat

   

Foto: Acervo Pessoal / Renan Moraes

    

Foto: Acervo Pessoal / Ranan Moraes

  

Foto: Acervo Pessoal / Ranan Moraes
   

Foto: Acervo Pessoal / Ranan Moraes

  

Foto: Acervo Pessoal / Thalita Sales

  

Foto: Acervo Pessoal / Naine Carvalho
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