Pega de surpresa, Cacau apenas diz que a irmã deve procurá-la, então. “Sonsa! Tá na cara que você tá mentindo! É claro que ela já lhe procurou. Você e sua irmã são duas mentirosas, duas pilantras, tão nem aí pra gente! O Ícaro é revoltado assim, cheio de problemas, por sua causa!”, brada Manuela.
A tia rebate dizendo que pelo menos o sobrinho não é um drogado. “Se eu me enfiei nas drogas, foi pra fugir da vida horrível que eu tive por sua causa e daquela mulher que me pôs no mundo”, acusa Manuela. “Você quis ficar com aquela família, eu não lhe obriguei!”, rebate Cacau. “E você acha que eu tinha maturidade pra escolher? Eu era uma criança! Escolhi ficar onde acreditei que era amada, porque nunca senti que você me quisesse, que você sentisse algum amor por mim!! Você me separou do meu único irmão, você foi um monstro!”, agride a jovem.
Cacau sente o peso, concorda que errou, mas pede que a sobrinha não lhe culpe ainda mais. “Eu errei sim, eu sei! Mas eu nunca quis ter filhos, não me joga essa culpa! Eu tinha minha vida, meus planos…”, defende-se. “Eu não devia ter vindo, lembrar daquele tempo só me deixa mal…”, constata a moça.
A irmã de Luzia pede que a sobrinha fique para conversarem com calma. “Só fico se você me disser onde eu encontro aquela desgraçada que me abandonou. Só quero olhar na cara dela e perguntar por que ela fez isso comigo e com Ícaro, porque teve filho pra largar e sumir no mundo, pra ela ver o tamanho do mal que nos fez!!”, afirma Manuela.
Cacau diz que Luzia não pode aparecer por ser foragida. “Então, ela acha que vou entregar ela pra polícia? Pois é onde ela devia tar mesmo, presa, no meio dos ratos como ela!”, brada a jovem, que sai batendo a porta, deixando a tia arrasada.