Tudo começa no capítulo desta terça (05), quando as duas se encontram na praça pública. “Essa noite sonhei que a gente tava morando junto. Foi um sonho tão forte que, quando acordei, quase contei pro Lourival sobre a gente”, diz a costureira. “Se meu pai souber, ele me mata”, responde a policial.
“Eu não acredito, ele não faria isso! Tá sendo muito sofrido ficar assim, dez minutinhos juntas, escondidas pelos cantos, com você tensa, morrendo de medo que nos vejam”, retruca Selma. Maura começa a chorar: “não força a barra, Selma, meu pai não pode saber… ele não vai entender nunca”.
A vizinha, então, faz um carinho no rosto da jovem para consolá-la e o petroleiro passa na praça no momento e flagra tudo. Revoltado, Lourival entra em casa furioso e violento, rasga a colcha que a mulher fez com a policial e dispara: “desgraçada! Falsa! Eu devia te esfolar toda!”. Sem entender a atitude do marido, a moça questiona o que aconteceu. “Eu descobri quem você é, Selma!”, fala. “Tá louco? Do que você tá falando?”, pergunta ela. “Sapata sem vergonha! Eu sou casado com uma fanchona”, detona ele.
É neste momento que ela decide dizer toda a verdade. “É isso mesmo… E se você quer saber, eu amo a Maura!”, enfrenta ela. Entre risos nervosos, ele rebate: “Isso é uma piada de mau gosto… Minha esposa é lésbica! Gosta de mulher! Isso é pior que enviuvar!”. “Eu quero o divórcio, Lourival, já pedi antes, eu quero sair daqui e viver minha vida com ela, ser feliz”, afirma ela. “Essa vergonha eu não vou passar. Eu não vou ser trocado por uma mulher! Uma mulher!”, responde o petroleiro.
Bêbado, Lourival ameaça contar tudo para a família de Maura, mas Selma se coloca em sua frente e ele perde o controle. “Por que isso, Selma, por quê? Eu te amo! Te amo”, diz, desesperado. O marido da costureira começa a socar a parede do apartamento, já tomada pelas rachaduras e, segundo o texto indica, “de repente, o teto desaba sobre ele. Selma escapa por um triz. Um silêncio sepulcral. Quando a poeira baixa, Selma olha a cena, desesperada”.
“Lourival?”, chama Selma. Ele vai ser socorrido, passa por uma cirurgia, mas não resiste. “Eu conversei com o doutor que atendeu o Lourival. Infelizmente as notícias não são boas. Seja forte, vizinha, seu marido acaba de falecer”, diz Agenor (Roberto Bonfim). “Não! Não pode ser! É muito cruel ele morrer assim”, desabafa a moça.
Aos prantos, Selma arma um barraco na sala de espera do hospital e dispara: “Isso é assassinato! O prédio tava caindo e ninguém fez nada! Mataram meu marido! A Construtora Athayde matou meu marido”. O barraco vai ser filmado e exibido na televisão, o que gera dores de cabeça para Severo (Odilon Wagner) e Edgar (Caco Ciocler), responsáveis pelo projeto do edifício.