Um dos principais pontos turísticos de Belém, o Parque do Utinga é reaberto à visitação

Reabertura cumpre todas as medidas de segurança sanitárias necessárias contra a disseminação do novo coronavírus

Música, prática de atividades físicas e a proximidade com a natureza. O Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna assegura as oportunidades citadas, reabrindo ao público nesta quarta-feira (19), com as medidas de segurança sanitárias necessárias contra a disseminação do novo coronavírus.

Famílias inteiras, jovens, crianças e idosos visitaram, hoje, a Unidade de Conservação Estadual gerida pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio). Mensalmente, o Parque recebe uma média de 55 mil visitantes. Mas, com a redução da capacidade, a visitação atenderá o limite de 50% dessa estimativa.

Logo na entrada, os visitantes são recepcionados pelos colaboradores do Parque que aferem a temperatura corporal de quem chega. Já o acesso é controlado com um equipamento de contagem manual. Os dispensers de álcool em gel também estão à disposição do público. Neste primeiro dia, o visitante teve a oportunidade de conferir uma apresentação musical especial no Centro de Acolhimento.

Foto: Divulgação

Além de ser um dos principais pontos turísticos da capital paraense, o Parque abriga dois mananciais, os lagos Bolonha e Água Preta, que abastecem 70% da população residente na Região Metropolitana de Belém.

O Parque tem ainda uma amostra representativa da rica biodiversidade de fauna e flora amazônica. Por isso, os cuidados com a saúde e a conscientização ambiental são de extrema importância sobretudo neste período de retomada.

“Lembramos que o Parque é uma Unidade de Conservação Estadual. Embora fechado, continuamos fazendo essa gestão com o desenvolvimento das pesquisas científicas, projeto de reintrodução das ararajubas e, também, o sistema de higienização, desinfecção, esperando o retorno dos visitantes”, explicou a presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson.

A presidente lembrou ainda que a retomada das atividades é um momento de educação ambiental para todos e o apoio da população é essencial. “Estamos intensificando as orientações dentro do Parque, principalmente junto aos equipamentos turísticos, como o Recanto da Volta, Casa da Mata e o Centro de Acolhimento. Além da área do calçamento, visto que durante o fechamento do Parque, percebemos um fluxo maior de animais transitando pela via”, informou a gestora.

Antônio Sobrinho, presidente da OS Pará 2000, que administra o equipamento turístico, destacou o trabalho em conjunto, envolvendo a participação da equipe técnica do Ideflor-Bio, da Pará 2000, Batalhão de Polícia Ambiental e Cosanpa, seguindo orientações da Sespa, o que foi fundamental para a construção dos protocolos adotados no Parque.

Foto: Divulgação

“Se toda essa equipe não estivesse envolvida, não teríamos obtido esse sucesso. Foi a junção de inteligências e obrigações visando uma maior segurança e o melhor ambiente possível. Ver essas pessoas aqui hoje só demonstra a grande ansiedade que o público estava pela reabertura, tendo em vista que o Parque é um espaço turístico muito importante para a sociedade”, garantiu.

NATUREZA E LAZER

Seja para pedalar, caminhar, correr ou simplesmente contemplar à natureza, muitos visitantes conheceram e outros mataram a saudade do espaço. Entre eles estava a assistente social Wal Nunes, 30 anos, acompanhada do esposo, o físico Joas Venâncio, 28 anos, e da filha Olívia, de 1 ano e 3 meses. O casal é de Belém, mas mora há seis anos em Recife e ainda não conhecia o Parque.

“Estamos visitando Belém, soubemos que o Parque ia abrir hoje e aproveitamos para vir conhecer. Achamos o espaço bem interessante, uma área verde dentro da cidade. É bem bonito. Ficaremos até dia 31 e vamos voltar. E na próxima vez que viermos a Belém, a gente volta aqui de novo”, admitiu Wal Nunes.

Morando em Belém desde o início deste ano, o militar do exército Paulo Alcântara, 51 anos, também visitou a UC pela primeira vez, ao lado da esposa, a técnica de enfermagem Doralina Alcântara, 51 anos, e da filha do casal, Sofia, de 7 anos. “Estávamos esperando para conhecer. As medidas de segurança estão de acordo e são importantes, não podemos afrouxar mesmo com a abertura. O Parque é excelente. Muito bonito”, enfatizou Paulo Alcântara.

Já a engenheira Marta Denise Silva, 50 anos, destacou a relação que tem com o Parque. “É muito forte, antes da reforma eu já frequentava, participava das corridas de rua e das caminhadas. Estou sempre por aqui. Me sinto emocionada por estar nesse ambiente de novo. Que bom que houve a reabertura com toda a segurança necessária”, disse.

Foto: Divulgação

MEDIDAS PROTETIVAS E ECOTURISMO

Dentre os protocolos adotados, estão a medição de temperatura na entrada, contagem do número de visitantes por meio de um contador manual, dispensers de álcool em gel 70% nos pontos estratégicos e cartazes com orientações sobre a Covid-19.

A prática de exercícios está liberada, desde que o visitante obedeça às normas de segurança e distanciamento mínimo.

No Parque é possível a locação de bicicletas, que também têm procedimentos de higienização contínuos. Contudo, nesse primeiro moento, seguem suspensas as atividades de ecoturismo, como trilhas, boia cross, tirolesa e rapel. Elas serão liberadas posteriormente, de forma gradativa, seguindo todos os cuidados necessários.

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

O Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna é uma das 26 Unidades de Conservação Estaduais geridas pelo Ideflor-Bio, com classificação na categoria de Proteção Integral. A UC possui dois grandes lagos, o Bolonha e o Água Preta – responsáveis pelo abastecimento hídrico de 70% da população residente na Região Metropolitana de Belém.

O Parque foi criado com o objetivo de preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e de beleza cênica, também, para estimular a realização de pesquisas científicas e incentivar o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, incluindo o turismo ecológico. Da área de aproximadamente 1.400 hectares, equivalente a 1.400 campos de futebol, 98% ficam no território de Belém e 2% no de Ananindeua.

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