Pará detém 49% das atrações naturais da Amazônia

Além da cultura e gastronomia, o Pará oferece ao visitante inúmeras praias, trilhas, igarapés, matas e espaços para a prática de esportes

O Pará é dono de grandes atrativos turísticos da Amazônia. O fato foi confirmado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que concluiu que o Pará tem 49% das atrações naturais da Amazônia. São rios, praias, fauna, flora, igarapés e cachoeiras compondo a exuberante paisagem paraense, excelente por natureza.

A forte relação do homem com os recursos naturais, é um dos fatores que atrai turistas para o estado, muitos desejando vivenciar experiências únicas na Amazônia. O turismo de natureza, ecoturismo ou de aventura são as atividades feitas ao ar livre, que colocam o viajante mais próximo do meio ambiente e dos animais, incentivam a prática de esportes radicais e a preservação da natureza.

Foto: Divulgação

Diretor executivo da Rumo Norte Expedições, Gelderson Pinheiro, afirma que o Pará é um dos estados do Brasil com grande potencial para turismo de natureza e aventura. “Nós temos o bioma amazônico. Dentro desse bioma nós temos vários ecossistemas que vão de campos a praias. A gente tem um universo gigantesco de possibilidades com recursos naturais”, afirma.

A turismóloga Flávia Lima concorda, mas reconhece que para ser bem explorado é preciso trabalho e a consolidação de parcerias. “O Pará tem, aproximadamente, 65% do seu território em áreas de conservação e comunidades tradicionais. Ou seja, nós temos ou deveríamos ter a natureza bem preservada, com potencial que acaba não sendo explorado, porque exige, não só uma estratégia gigantesca de parcerias, mas também um estudo profundo de como abordar e organizar essas comunidades para as atividades turísticas”, explica.

Além da cultura e gastronomia, o Pará oferece ao visitante inúmeras praias, trilhas, igarapés, matas e espaços para a prática de esportes. O Marajó, maior arquipélafo fluviomarinho do mundo, tem a paisagem marcada pelos campos alagados, mangues, praias com águas salobras, rios, igarapés que encanta os visitantes.

Já a região do Tapajós cativa os turistas com as belas cachoeiras, rios, lagos, serras e florestas, bem como pelas praias que surgem quando baixa o nível das águas, apresentando faixas de areias com praias fluviais exóticas. É possível ver o encontro entre as águas barrentas do rio Amazonas com as águas esverdeadas do rio Tapajós.

Foto: Divulgação

As regiões da Amazônia Atlântica e a do Xingu são ricas em beleza natural, oferecendo trilhas, cachoeiras e cavernas guardadas entre o verde da floresta. “Aqui no Pará, nós temos muitas características boas para o setor. Só na Região Metropolitana de Belém, nós temos o rio, a floresta, praias, tudo isso nós dar possibilidade de desenvolver um bom turismo de natureza”, afirma Bruno Aventura, da Amazônia Aventura, agência especializada no segmento.

Para o secretário de Estado de Turismo, André Dias, natureza e aventura são dois dos principais segmentos da atividade turística. “O Pará está localizado dentro da floresta mais conhecida do mundo. Eu acho que todo mundo já ouviu falar na Amazônia e tem algum tipo de curiosidade. E por isso, nós temos que poder estruturar melhor os produtos de turismo de natureza, divulgar esses produtos para que cada vez mais turistas venham e conheçam. Todo o turista que vier conhecer o Pará vai ter uma experiência maravilhosa com a natureza e com as pessoas que moram aqui”, afirma o secretário.

A Pandemia

Mesmo cauteloso, Gelderson Pinheiro acredita que o turismo de natureza pode ter um bom mercado no pós-pandemia. “As pessoas já estão procurando um ambiente fora do tumulto. Pela característica de ter grupos menores, de ambientes ao ar livres, por experiências mais personalizadas esse é um formato de turismo que pode estar em crescimento no pós-pandemia”, afirma.

Bruno Aventura, vê o turismo de natureza como uma boa saída para o futuro. “O segmento (do turismo) como um todo, está vendo a possibilidade de fazer um turismo mais consciente, não mais aquele de massa. E o turismo de natureza é bom por ser mais tranquilo, com grupos menores, então, é possível ter mais segurança, com todos os protocolos sendo respeitados”, finaliza. 

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