Manaus 356 anos: sete lugares para visitar no Centro Histórico à pé

Confira um mapa com sete locais imperdíveis que revelam um novo e surpreendente lado do coração histórico de Manaus.

Nos últimos anos, o Centro Histórico de Manaus (AM), especialmente a área próxima ao Porto, tem passado por um processo de revitalização. Muito mais do que a modernização, o reconhecimento da cultura manauara tem ganhado destaque, principalmente nas redes sociais.

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Quem já conhece o comércio local, as ações culturais, agora também pode observar a história da cidade com mais atenção. Andar pela região se torna uma nova forma de reconhecer – ou conhecer – uma parte da história de Manaus, que completa 356 anos em 2025, neste 24 de outubro.

Assim, que tal aproveitar para passear por alguns locais do Centro Histórico que revelam um novo lado do coração popular da cidade?

1. Casarão da Inovação Cassina de Manaus

O passeio começa na Rua Bernardo Ramos. Para quem chega, a primeira opção é, de cara, conhecer a Casa de Inovação Cassina, o primeiro marco do Polo Digital de Manaus e centro de tecnologia e criatividade no Brasil. Com 1.586 m² e quatro andares, o espaço conta com salas de reuniões, laboratórios, áreas multifuncionais e um café com vista para o Rio Negro.

O edifício, construído em 1896 e em ruínas desde 1960, teve suas fachadas restauradas para preservar a estética original e a técnica construtiva com gesso pigmentado de arenito vermelho, única na cidade.

O projeto arquitetônico, assinado pelo belga Laurent Troost, transformou o casarão histórico em um ambiente de coworking. A obra venceu o Prêmio Oscar Niemeyer de Arquitetura Latino-Americana 2022 e simboliza os ciclos econômicos de Manaus, da era da borracha à economia digital atual.

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Manaus Histórica
Casarão da Inovação Cassina. Foto: Reprodução/Prefeitura de Manaus

2. Praça Dom Pedro II

Ao sair do Casarão, já se depara com a Praça Dom Pedro II, que foi construída por volta de 1852 e já teve diversos nomes, como Largo do Pelourinho, Largo do Quartel e Praça da República. Durante o início do século XX, era considerada a principal praça da cidade, destacando-se por seu coreto em estilo Belle Époque e um chafariz de ferro fundido e bronze.

O local também abriga o Paço da Liberdade, cuja construção iniciou em 1874 e foi concluída entre 1876 e 1878. Tombado como Patrimônio Histórico Municipal em 1956, o edifício passou a ter proteção especial do Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas (CEDPHA) em 1980.

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Praça Dom Pedro II. Foto: Ingrid Anne /Manauscult

3. Palácio Rio Branco

Atravessando a praça, logo mais a frente, é possível conhecer o Palácio Rio Branco, ou Centro Cultural Palácio Rio Branco, que foi construído entre os anos de 1905 e 1938. Em estilo eclético, foi projetado com a finalidade de abrigar a Chefatura da Polícia, porém nunca serviu a este fim.

Após a conclusão da obra, foi sede da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, que ali instalou sua sede somente 34 anos depois, na década de 1970.

Em 2000, o Poder Legislativo, através de comodato, cedeu o edifício ao Governo do Estado para a criação de um Centro Cultural voltado aos estudos da história política do Amazonas. O Palácio mantém ainda o Gabinete do Presidente da Assembleia Legislativa. Localiza-se na Praça Dom Pedro II.

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Palácio Rio Branco. Foto: Mario Oliveira/Divulgação

4. Paço Municipal

Seguindo o passeio, a próxima parada é no Paço Municipal, também conhecido como Paço de Liberdade. O prédio já foi sede do governo do Amazonas, residência oficial dos presidentes provinciais e dos governadores e, em 1917, passou a ser sede da Prefeitura.

Hoje, abriga o Museu da Cidade de Manaus, inaugurado em 24 de outubro de 2018, com oito salas de visitação que retratam a vida cotidiana, a identidade e a cultura de gerações passadas. O paço data de 1871, quando foi lançada a pedra fundamental.

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Paço Municipal. Foto: Reprodução/Prefeitura de Manaus

5. Centro Cultural Óscar Ramos

Voltando a seguir caminho pela Rua Bernardo Ramos, a próxima pausa é no Centro Cultural Óscar Ramos. O espaço fica nas casas 69 e 77, que figuram entre as residenciais mais antigas da cidade. 

O Centro é uma homenagem ao artista amazonense Óscar Ramos, com exposição permanente: pinturas, escritos, figurinos, produções, desenhos de moda do artista e objetos pessoais, como mobílias e capas de LPs.  O local funciona de terça a domingo, das 9h às 17h, com entrada gratuita (verificar disponibilidade).

Centro Cultural Óscar Ramos. Foto: Reprodução/Prefeitura de Manaus

6. Mirante Lúcia Almeida

Seguindo mais um pouco, encontra-se o mirante Lúcia Almeida, que foi inaugurado em outubro de 2024. O local atrai turistas que buscam conhecer parte da orla de Manaus com vista para o rio Negro e conta com o primeiro skyglass de uso público: são quase 40 metros quadrados de piso, somando oito peças de vidro laminado translúcido de 43 milímetros na varanda principal.

Em funcionamento das 7h à 0h, para as operações comerciais, o espaço recebe shows, mostras, exposições e atividades voltadas ao público desde infantil até terceira idade.

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Mirante Lúcia Almeida. Foto: Reprodução/Prefeitura de Manaus

7. Píer Turístico Manaus 355

O fim da jornada para quem vem à pé do Centro de Manaus é o Píer Turístico Manaus 355, que está integrado ao Mirante Lúcia Almeida através de um atracadouro flutuante de 12m por 80m e três pontes de ligação, oferecendo uma experiência diferente para visitantes e operadores do setor turístico.

Operações turísticas (sob consulta) chegam e partem do píer, que funciona durante o ano todo, na cheia ou na seca. Ele é um ponto de partida e de chegadas para diversas experiências amazônicas. Podendo ser, inclusive, o início da jornada inversa desse passeio por parte do Centro Histórico de Manaus, para quem chega em alguma embarcação na cidade.

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Píer Manaus 355. Foto: Reprodução/Prefeitura de Manaus
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