O mês de julho está chegando ao fim e com ele também encerra o período das férias escolares. Mas será que é possível aproveitar a natureza gastando menos de R$ 150 em qualquer época do ano? Sim, é possível e alguns desses lugares são totalmente gratuitos e não estão muito distantes da capital paraense.
A professora Eliane Alves, de 39 anos, é uma dessas pessoas que procura descansar e também economizar. Frequentadora assídua da Praia Grande, localizada no distrito de Outeiro, ela diz que até já morou no distrito, mas que hoje vai apenas para curtir a praia e visitar o pai, morador do local. “Hoje moro no bairro de Batista Campos, mas sempre venho aqui, porque amo. Dou preferência aos dias de semana, quando é menos lotado e também para as primeiras horas da manhã, quando podemos aproveitar a calmaria da praia”, afirma.
Assim como Eliane, o aposentado Manoel Canuto, 61 anos, gosta muito do local e até se mudou para Outeiro para poder ficar mais próximo à natureza. “Antes eu morava na Guanabara, depois que me aposentei decidi mudar para uma casa que fica em frente à praia. Bom, não é mesmo!?”, diz o senhor que estava na companhia da esposa e da neta Maria Luiza, de três anos, que brincava na areia.
Na avaliação do aposentado, uma pessoa consegue se divertir tranquilamente no local com menos de R$ 100. “É possível chegar de ônibus ao local e uma família com três pessoas almoça e ainda toma um picolé com R$ 100”, brinca.
Para além dos valores, diversão boa é diversão em segurança e essa parte é garantida pela equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará (CBPM). O Capitão Jair Barbosa, de 45 anos, disse que as ocorrências mais comuns no local são: acidentes com objetos cortantes (como vidro ou linhas de pipa) e de crianças perdidas. “Iniciamos a segunda fase da Operação Verão, que iniciou no 22 de julho e segue até o final do mês, tudo para garantir a segurança dos veranistas”, afirmou.
Não muito distante de Belém, há outro balneário, dessa vez em Marituba. O Floresta Park fica na Rua das Ameixeiras s/n e funciona de 8h às 18h aos sábados; domingos; segundas-feiras e feriados, mas agora, durante as férias de julho, o local está aberto ao público todos os dias. Com piscina de água artificial – é possível almoçar no espaço pagando R$ 60 pelo quilo do buffet ou R$ 20 e R$ 25 pela opção individual de comida, o conhecido PF (prato feito). O valor da entrada no Floresta Park é de R$ 5. Crianças até 12 anos pagam R$ 3.
Praia de rio e tirolesa
O estado do Pará é conhecido também pela sua variedade de praias de rio. No Clube Neópolis, localizado na estrada de Neópolis, em Benevides, um olho d’água foi transformado em balneário com direito a uma pequena praia artificial. No local, há vários tipos de diversão: em um lado, uma pequena queda d’água serve de espaço para as pessoas se refrescarem do calor; do outro, o olho d’água simula uma grande praia e tem ainda tirolesa; pedalinho; e tobogã.
O espaço é privado com entrada a R$ 20 aos sábados, domingos e feriados e R$ 10 às segundas; terças; quartas; quintas; e sextas-feiras. Crianças até 10 anos não pagam. Com dois restaurantes, o cliente pode gastar de R$120 em um prato que serve até seis pessoas e uma média de R$ 40 por um prato que serve duas pessoas.
A segurança do local se estende também aos itens de diversão para o público. Breno Gustavo de Oliveira, instrutor de rapel e tirolesa, é uma das pessoas que trabalha no clube auxiliando o público na hora dos saltos. “Quem nos passou toda essa instrução foi um bombeiro militar que coordena a nossa equipe. Aqui, os nossos equipamentos são checados com frequência para quem todos possam se divertir de forma segura”, conta.
A tirolesa, na avaliação dele, é uma das diversões mais procuradas no clube. “Aos fins de semana temos uma média de 180 pessoas saltando. Durante a semana esse número é mais mais reduzido”, diz. O salto pode ser feito por crianças acima de 2 anos acompanhadas dos pais ou sozinhas a partir dos quatro anos. O valor do salto é R$ 10. Se o responsável for saltar junto com a criança é cobrado o mesmo valor pelas duas pessoas.
Balneários públicos
Um pouco mais afastado da capital, dois balneários públicos: o do Caraparu, localizado no município de Santa Isabel do Pará; e o Balneário Apeú, na Orla de Apeú, distrito de Castanhal, não cobram pela entrada e o banho no igarapé é liberado para a população.
Em Caraparu, há sete restaurantes com valores que variam de acordo com a estrutura do local à disposição da população. No restaurante Rio Caraparu é possível almoçar pagando R$ 14 em um prato individual; R$ 35 em uma poção que serve duas pessoas; e R$ 50 em uma chapa para até três ou quatro pessoas.
Wilson da Silva, 52 anos, proprietário do local, conta que o fundou há 23 anos. Ele afirma que o movimento está voltando a melhorar agora, porque o governo do Estado do Pará está pavimentando a PA-242, via que dá acesso ao distrito de Caraparu. “Antes – com a via como estava – era muito difícil as pessoas chegarem. Entretanto, a gente já sente o reflexo com a pavimentação. Por exemplo, agora em julho o meu movimento dobrou aqui no restaurante”, comemora.
Na Orla de Apeú, distrito de Castanhal, a diversão vai desde o banho no Rio Apeú até pessoas que se reúnem para conversar e crianças que se juntam para empinar pipa em grupo. O local se assemelha a uma praça, mas com o rio liberado para o banho.
Apeú é uma Vila Centenária, que surgiu com a construção da Estrada de Ferro Belém – Bragança. Atualmente, o local conta com uma população de aproximadamente 12 mil habitantes e além do Rio da Orla é possível tomar banho em vários braços do Rio pelas ruas do distrito.