Booth Line: complexo em Manaus se tornará o ‘Mercado de Origem da Amazônia’

Símbolo da economia amazonense durante o ciclo da borracha, o Complexo Booth Line foi construído no século XIX e possuía um conjunto de 17 edificações.

Símbolo da economia amazonense durante o ciclo da borracha, o Complexo Booth Line foi construído no século XIX e possuía um conjunto de 17 edificações que abrigavam exportadoras, companhias de navegação e até agência bancária.

Inspirado na arquitetura portuguesa, o complexo ganhou popularidade na primeira metade do século XX, durante o processo de exportação em massa do látex da borracha, feito que ocasionou em um intenso desenvolvimento da região amazônica, em especial nas cidades de Manaus e Belém.

Leia também: Manaus histórica: Relembre o complexo booth line

Complexo de empresas no início do século XX. Imagem cedida por André Melo

O termo “Booth Line” vem da companhia de navegação inglesa fundada em 1886 pelos irmãos Alfred e Charles Booth. Apesar de ser conhecido por ‘Complexo Booth Line’, a companhia abrigava apenas uma parte do ambiente.

Ao Portal Amazônia, o historiador Roger Carpinteiro Péres explica que o complexo, no qual a Booth Line estava inserido, fazia parte de um plano de embelezamento da capital amazonense.

Edifícios no quarteirão

Dentre as empresas e companhias presentes no espaço estavam o Bank of London, Sholtz & Cia, a primeira agência de Manaus do Banco do Brasil, o Tribunal de Contas do Estado, a exportadora B.A Antunes, entre outros empreendimentos.

Além do Booth Line, outras empresas de navegação permaneceram no lugar, como Lloyd Brasileiro e Hamburg-Sudameris.

Revitalização

No 355º aniversário de Manaus, popularmente conhecida como “Paris dos Trópicos”, o complexo passa por um processo de restauração com investimento de R$ 150 milhões. O investimento é 100% privado. 

O prédio está sob responsabilidade da Fundação Doimo, sediada em Belo Horizonte (MG), com o objetivo de se tornar um ‘Mercado de Origem da Amazônia’.

Foto: Reprodução/Fundação Doimo

De acordo com a Fundação:

O designer de interiores do projeto, Jean Almeida, em suas redes sociais, explicou:

Achados históricos

De acordo com André Melo, que administra uma página sobre a história de Manaus nas redes sociais, no decorrer do processo de revitalização do local, foram encontrados vestígios do modo como se realizava uma construção na Belle Époque.

“Foram encontradas conchas do mar, provavelmente vindas juntas com o óleo de fígado de baleia que era utilizado no rejunte das pedras jacaré. Nos porões foram encontradas galerias subterrâneas que não se sabia de sua existência”, contou ao Portal.

Foto: Reprodução/Fundação Doimo
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