Jardim Botânico do RJ vai lançar planos para proteger flora em extinção do Tocantins

Os planos são voltados para a preservação na Bacia do Alto Tocantins. Dos estados da Amazônia Legal, essa região se estende por Tocantins, Mato Grosso, Pará e Maranhão.

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro está preparando dois novos Planos de Ação Nacionais (PAN) para proteger espécies vegetais brasileiras ameaçadas de extinção. Para Região Amazônica, os planos são voltados para a preservação de plantas ameaçadas do Alto Tocantins.

A Bacia do Alto Tocantins está localizada na região centro-norte brasileiro. Dos estados da Amazônia Legal, essa bacia se estende pelo Tocantins, Mato Grosso, Pará e Maranhão.

O PAN da Bacia do Alto Tocantins inclui 98 espécies que ocorrem em vários municípios das regiões norte, além de outras regiões. A previsão é que os dois planos sejam publicados até julho deste ano.

“Esses dois planos já passaram por oficinas de elaboração. Todo o processo participativo de elaboração já aconteceu. E hoje a gente tem as minutas de portaria do grupo de assessoramento técnico e do sumário do plano aguardando o respaldo jurídico para a publicação”

 informou a coordenadora-geral do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNC Flora) do Jardim Botânico, Thaís Laque.

Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

PAN 

Os PAN são instrumentos que preveem estratégias e medidas, a serem adotadas num prazo de cinco anos, para preservar a flora nacional. Todo o processo é acompanhado por um grupo de assessoramento técnico formado por representantes do governo, pesquisadores e outros integrantes da sociedade civil. 

“As ações são as mais variadas, por exemplo, o monitoramento das espécies na natureza para entender de forma mais refinada como estão se comportando, a coleta de sementes, produção de mudas, reintrodução da espécie, sensibilização ambiental da comunidade”

explica Thaís.

“A gente teve muitos ganhos [com o PAN], não só de um conhecimento melhor das populações da espécie, como também um conhecimento melhor de como tratar as sementes para germinação e produção de mudas. A gente conheceu melhor também os tipos de ameaças que incidem sobre a espécie. E, com esse banco de informações, a gente conseguiu reavaliar seu estado de conservação, disse a pesquisadora.

Antes do Jardim Botânico assumir a coordenação dos PAN referentes à flora, em 2014, a função cabia ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Hoje o ICMBio é responsável pelos PAN referentes à fauna e pelos planos que envolvem fauna e flora.

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