O cultivo de peixes amazônicos em tanques rede, apresenta excelente oportunidade para produtores rurais de Palmas
O cultivo de peixes amazônicos em tanques rede, escavados e elevados vem se mostrando uma excelente oportunidade para produtores rurais de Palmas, devido ao grande potencial de crescimento. E diante desse mercado em expansão, a unidade demonstrativa ‘Fazendinha do Calor Humano’ apresenta modelos de tanques e espécies de fácil produção, que oferece alternativas promissoras para os produtores rurais.
No local, que serve como vitrine tecnológica, os visitantes podem conferir de perto as técnicas adotadas para cada tipo de tanque. Entre as espécies mais comuns estão o tambaqui, pirarucu, matrinxã, tambatinga e surubim.
A engenheira de Aquicultura da Seder, Maíra Zambonato, explica que os tanques escavados são uma opção acessível e eficiente para o cultivo de peixes amazônicos, mas os tanques elevados podem ser mais vantajosos para o produtor, por não precisar de maquinários para escavar a terra. Além da disponibilidade de água, o produtor deve ficar atento ao tipo de solo, uma vez que o arenoso não é recomendado para tanques escavados.
O sistema de produção em tanques elevados afasta o risco de predadores, permitindo um controle da qualidade e temperatura da água e do ambiente do confinamento, além de facilitar a despesca, pois o processo de preparo dos peixes que serão enviados para o abate pode ser feito dentro do próprio tanque elevado.
Em Palmas, o mercado é crescente e possui grande potência tanto para a produção como para a comercialização do pescado, uma vez que a Capital possui abundância de água, principalmente na região do São João e no Lago. Para Maíra, o lago ainda é muito subutilizado para produção de peixe.
“O lago poderia ser utilizado com a capacidade que ele tem de produzir peixes”, disse, lembrando que um exemplo de subutilização do lago é o parque aquícola que possui 200 áreas, mas apenas 13 são utilizadas.
diz.
Atualmente 13 produtores de peixe em tanque rede do parque aquícola de Palmas produzem anualmente 52 toneladas de peixe.
“Se as 200 áreas estivessem sendo utilizadas teríamos peixes suficientes para abastecer o mercado interno de Palmas e poderíamos exportar para outras localidades”
complementou a engenheira.