A utilidade das bolsas de sangue vai além dos casos de acidentes em hospitais, já que o Hemoam atende pacientes com doenças no sangue.
O sangue é único e, apesar da evolução da medicina, não pode ser reproduzido de forma artificial. Por isso, o ato de doação é de suma importância, uma vez que uma bolsa de sangue salva até quatro vidas.
O Portal Amazônia conversou com a assistente social de captação de doadores da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), Noemy Priante, sobre a importância dos amazônidas doarem sangue.
Há mais de 30 anos, Priante atua no Hemoam e já passou por diversos períodos de falta de sangue. Ela contou que o setor de captação tem o objetivo de desenvolver um trabalho junto a população para despertar a consciência da doação e, principalmente, visando a saúde dos pacientes que estão precisando receber sangue.
A utilidade das bolsas de sangue vai além dos casos de acidentes em hospitais, já que o Hemoam atende pacientes com doença no sangue, como por exemplo, leucemia. “Precisamos de bolsas de sangue diariamente, ainda mais quando precisamos suprir a necessidade e demandas de outros municípios. O compromisso de qualquer Hemocentro é garantir um estoque que atenda essa necessidade”, contou Priante.
Na opinião da assistente social, a doação de sangue é um ato de solidariedade.
“É bom que as pessoas tenham consciência dos critérios básicos para doar sangue. Principalmente, porque 450 ml de sangue ajuda a salvar até quatro vidas”,
destacou.
Quem pode doar?
Qualquer pessoa com boa saúde, com idade entre 18 a 69 anos e peso a partir de 50 quilos. O candidato à doação deve estar bem alimentado e munido de documento de identidade.
Jovens de 16 e 17 anos podem doar com autorização formal do responsável ou representante legal.
Não pode doar sangue a pessoa que:
Teve hepatite depois dos 10 anos de idade;
Tem comportamento sexual de risco;
Usa drogas;
Teve malária, recebeu transfusão sanguínea ou teve doenças sexualmente transmissíveis nos últimos 12 meses;
Teve febre nos últimos 30 dias;
Etapas da doação
Recepção de Doadores: Se for a primeira vez, o candidato informa seus dados. Se já for cadastrado, ele apenas os confirma.
Triagem Clínica: Após o cadastro, ele passa por uma avaliação clínica que consta de questionamentos sobre sua saúde. Além disso, são verificados, entre outros itens: peso, pressão arterial e taxa de hemoglobina.
Sala de Coleta: Se apto à doação na triagem clínica, o candidato é encaminhado para doar. O material utilizado é totalmente descartável e sem risco de contaminação.
Copa: Após a coleta o doador faz um lanche.
Sorologia: Antes do sangue ser transfundido, ele passa por uma série de exames sorológicos, entre eles: Sífilis, Doença de Chagas, HIV, Hepatites, HTLV I e II, além da tipagem sanguínea.
Fracionamento: O sangue coletado é fracionado em hemocomponentes – Concentrado de Hemácias, Concentrado de Plaquetas, Plasma e Crioprecipitado. Ou seja, com apenas uma doação podem ser atendidos vários pacientes.
Armazenamento do sangue: Enquanto os exames laboratoriais não são liberados, as bolsas ficam adequadamente acondicionadas dentro das condições exigidas pela legislação ministerial vigente.
Distribuição do sangue: Após a liberação dos exames, os hemocomponentes são distribuídos para rede hospitalar pública e privada da capital mediante solicitação médica. O produto também é utilizado no atendimento transfusional do ambulatório do hemocentro.
Tipos
O Negativo 9%
A Positivo 34%
A Negativo 8%
B Positivo 8%
B negativo 2%
AB Positivo 2,5%
AB Negativo 0,5%
O hemocentro amazonense divulgou que os tipos em estado crítico no estoque são O+ e O-, e em alerta AB- (referente à 2 de junho de 2022).