Transmissão de sarampo no Círio de Nazaré preocupa governo, e vigilância é reforçada

Em função do aumento do fluxo de pessoas na capital Belém durante as festividades do Círio de Nazaré, a Secretaria de Saúde do Pará reforçou a vigilância dos atendimentos até o dia 16 de outubro.

Uma das maiores preocupações do governo estadual é a possibilidade de elevação da transmissão do sarampo, por causa da chegada de pessoas de outros estados e até países.

Foto:Divulgação/Agência Pará

O Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde, montado em Belém, faz a vigilância dos atendimentos com alguma situação clínica relacionada ao Círio de Nazaré.
 

Nos últimos 90 dias, o Brasil registrou mais de 5 mil casos confirmados de sarampo. 97% estão concentrados no estado de São Paulo. O Pará preocupa devido à baixa cobertura vacinal, de 76%.
 

O Secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame, explica as medidas que serão adotadas em registros suspeitos de sarampo.

“No momento em que eu tiver um caso relatado em uma unidade, uma equipe do Centro de Operações será deslocada para essa unidade para identificar contatos, ver de onde essa pessoa veio, com quem ela entrou em contato nesse período e fazer um eventual bloqueio vacinal”.

Segundo Beltrame, também vão ser monitorados os possíveis surtos, como os de diarreia, que ocorrem com frequência no Círio e estão relacionados ao consumo de água e alimentos inadequados. As doenças infecciosas também preocupam, pela grande aglomeração de fieis e romeiros.

Dezessete pontos de atendimento prestam serviços de atenção à saúde da população, inclusive em casos de desmaios e quedas durante as procissões.
 

Além dos profissionais da Secretaria Estadual, as ações contam com a participação de agentes do Ministério da Saúde, da Cruz Vermelha Brasileira, de universidades e das secretarias municipais de saúde de Belém e Ananindeua.
 

Durante a procissão principal do Círio, neste domingo, cerca de 2 milhões de pessoas devem ir às ruas da capital paraense.

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