Projeto realiza ações psicológicas em comunidades indígenas no Mato Grosso

O objetivo é possibilitar a aproximação aos povos indígenas e instigar reflexões, discussões e maior envolvimento com a causa indígena.

O projeto Roda de Psicologia Social Comunitária, vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisa Comuni, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) promove ações junto a comunidades indígenas voltadas para a psicologia social. A ação mais recente aconteceu na Aldeia Santana, do povo Bakairi, situada no município de Nobres (MT) com o objetivo possibilitar a aproximação aos povos indígenas e instigar reflexões, discussões e maior envolvimento com a causa indígena do Estado de Mato Grosso.

A professora e coordenadora do projeto, Mírian Sewo, contou que a vivência foi a primeira experiência em aldeia indígena realizada pelo projeto. Além dessa experiência, a coordenadora contou que em 2019, durante a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária, o grupo de professores do Comuni realizou uma vivência em Jaciara e Juscimeira em que os estudantes puderam visitar um acampamento e um assentamento dos Sem Terra.

“Essa experiência proporcionou aos estudantes o diálogo com os participantes desses movimentos sociais, bem como puderam conhecer um pouco da realidade vivenciada no campo por estas pessoas. Para este ano, está prevista uma nova edição da vivência em um acampamento, um assentamento e em um quilombo”, 

disse.

Foto: Divulgação

A professora reforçou que o projeto de extensão Roda de Psicologia Social Comunitária tem como foco o trabalho junto à comunidades indígenas, quilombolas, do campo e periferias urbanas. “As reuniões são realizadas nas sextas-feiras, nas dependências do Instituto de Educação, no Câmpus de Cuiabá, e nestes momentos são realizados os estudos, o planejamento e a avaliação das ações do projeto”. 

Formação acadêmica e diálogo com a sociedade 

A professora Mírian Sewo conta ainda que a ação na Aldeia Santana, do povo Bakairi foi organizada, principalmente, por estudantes do 7° semestre do Curso de Psicologia da UFMT, coordenados também pelo professor Amailson Sandro de Barros.  

“Participaram da vivência 23 estudantes da UFMT e demais instituições. Dentre as experiências, os estudantes tiveram a oportunidade de conviver com a comunidade, apreciando uma apresentação de danças típicas do povo e partilhar momentos em conjunto como banho de rio e almoço coletivo”,

disse.

Indígenas do Mato Grosso. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ainda dentro das atividades realizadas, os estudantes promoveram grupos de atividades com crianças, mulheres, jovens e homens, nos quais puderam dialogar acerca de suas realidades e perspectivas de futuro. Os participantes da vivência também prepararam uma pequena mística no intuito de fortalecer essa aproximação, utilizando de dinâmicas com música, cartazes e de uma teia e apresentação de uma poesia construída coletivamente.

A docente contou ainda que a participação na vivência, de acordo com os estudantes, possibilita um contato direto com as questões abordadas em sala de aula e nos espaços de estudos sobre a realidade da população de Mato Grosso, além de proporcionar maior contato com culturas e modos de viver diversos. 

“A atividade proporciona também a construção de laços e vínculos, aprendizagem em contextos concretos que exigem flexibilidade e criatividade, construção de conhecimentos e competências específicas para o trabalho com estas populações, desconstrução de ideias e conceitos equivocados, prospecção de atuação profissional, compromisso social e organização coletiva”,

destacou.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Licenciamento para exploração de petróleo no Amapá: MPF orienta adoção de medidas ao Ibama e à Petrobras

Recomendações são embasadas em pareceres técnicos de peritos do MPF, nas exigências técnicas do Ibama e na legislação aplicável.

Leia também

Publicidade