Porto Velho é capital brasileira com maior índice de sobrepeso ou obesidade, aponta plataforma do Ministério da Saúde

Dados coletados pelo Vigitel mostram que 64,2% da população porto-velhense está acima do peso ou obesa: 6 em cada 10 habitantes.

De acordo com os dados coletados pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, Porto Velho (RO), com é capital brasileira com maior índice de sobrepeso ou obesidade. No total, 64,2% da população porto-velhense está acima do peso ou obesa, ou seja, 6 em cada 10 habitantes. Entre os homens da capital rondoniense, o índice é de 67,50% e entre as mulheres 61,02%.

Os valores são com base no percentual de adultos maiores de 18 anos com excesso de peso – IMC ≥ 25 kg/m2 -, por sexo, segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal, em 2021. 

Foto: Joachim Schnürle/Pixabay

Outras três capitais da Amazônia Legal estão no top 5: Manaus-AM (63,4%), Porto Alegre-RS (62,2%), Belém-PA (61,0%) e Rio Branco-AC (60,0%). Até mesmo a capital que detém o menor índice, São Luís (MA), possui um indicador alto: 49,0% da população tem sobrepeso ou obesidade.

De acordo com os dados, a obesidade aumentou 87% em 15 anos no Brasil. Em 2006, 42,4% da população estava no grupo, mas em 2021 o salto foi para 57,1%.

O levantamento mostra ainda que os aumentos ocorreram entre os mais jovens: 71% entre os jovens de 18 a 24 anos se alimentam mal, sendo 81,5% deles os que não consomem frutas e hortaliças nas quantidades recomendada. 

Excesso de peso e obesidade

De acordo com o Ministério da Saúde, “obesidade é uma doença crônica, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo. A prevalência de obesidade tem aumentado de maneira epidêmica em todas as faixas etárias nas últimas quatro décadas e, atualmente, representa um grande problema de saúde pública no mundo”.

A definição informa que a obesidade é de origem multifatorial que engloba diferentes dimensões: biológica, social, cultural, comportamental, de saúde pública e política. “O desenvolvimento da obesidade decorre de interações entre o perfil genético de maior risco, fatores sociais e ambientais, por exemplo, inatividade física, consumo excessivo de calorias e de alimentos ultraprocessados, sono insuficiente, disruptores endócrinos, ambiente intrauterino, uso de medicamentos obesogênicos e status socioeconômico, dentre outros. Fatores genéticos, hormonais e relacionados ao ambiente em que estamos inseridos são exemplos de fatores que não estão sob nosso controle, o que faz ser um desafio perder peso para pessoas que vivem com excesso”, descrevem.

A obesidade também está relacionada ao aumento do risco para outras doenças como as do coração, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, doença do fígado e diversos tipos de câncer (como o de cólon, de reto e de mama), problemas renais, asma, agravamento da Covid, dores nas articulações, entre outras, reduzindo a qualidade e a expectativa de vida. Além disso, as evidências apontam a obesidade como importante fator de risco para a forma grave e letal da Covid-19.

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