Pesquisa avalia qualidade das águas em rios, poços e reservatórios em Rondônia

Os estudos abrangem principalmente a região do centro-oeste do Estado.

Vinculado ao curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), campus de Ji-Paraná, o Laboratório de Limnologia e Microbiologia (Lablim), desde 2010, desenvolve pesquisas sobre a qualidade das águas superficiais e subterrâneas. Os estudos abrangem principalmente a região do centro-oeste do estado e são realizados em parceria com o Grupo de Pesquisa em Águas Superficiais e Subterrâneas (Gpeass).

Em seus 13 anos de trajetória, o Gpeass tem desenvolvido projetos sob diferentes aspectos voltados ao estudo da água. O grupo e os pesquisadores vinculados são liderados pelas professoras Elisabete Nascimento e Ana Lúcia Denardin da Rosa, ambas docentes do Departamento de Engenharia Ambiental e do Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua). 

Participam do projeto o professor Robson de Oliveira do Departamento de Engenharia Ambiental, professor Wanderley Bastos do Departamento de Biologia, e o professor Evaldo Espíndola (USP), bem como alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado.

Foto: Reprodução/UNIR

O Gpeass possui três linhas de pesquisa: Limnologia, Ecotoxicologia e Microbiologia. Os trabalhos desenvolvidos são divulgados através da publicação de artigos científicos em revistas da área, bem como em eventos científicos. As pesquisas desenvolvidas pelo grupo também são apresentadas à comunidade acadêmica e às localidades que são objetos de estudo. O grupo também auxilia os gestores públicos no que se refere aos problemas ambientais, com o objetivo de contribuir para as tomadas de decisão.

Pesquisas

Atualmente, o foco do Gpeass é no projeto ‘Ensaios de toxicidade e avaliação química da água subterrânea de áreas potencialmente contaminadas do Estado de Rondônia: uma abordagem para avaliação de risco’. Com financiamento da Fapero, Edital Universal 2021, o projeto é desenvolvido nos municípios de Presidente Médici, Ouro Preto do Oeste e Ji-Paraná.

O projeto traz duas abordagens diferenciais: a primeira trata da realização de testes de toxicidade realizados sob protocolos específicos, nos quais microrganismos são expostos à água subterrânea coletada em poços, e os efeitos tóxicos são avaliados. 

A segunda abordagem, relaciona-se a discussão dos resultados de qualidade de água no âmbito de avaliar o risco que o consumo desta água pode trazer à saúde da população. O projeto será concluído em 2024.

No projeto, os pesquisadores monitoram os trabalhos desenvolvidos pelo grupo geram retorno à sociedade por meio da realização de atividades educativas. É feita avaliação da qualidade da água consumida pela população através de análises físicas, químicas, microbiológicas e ecotoxicológicas.

Foto: Reprodução/UNIR

Em Rondônia, o estudo da qualidade da água de poços subterrâneos é relevante porque os poços de água construídos na maioria das residências e propriedades do Estado são rasos, muitas vezes escavados manualmente, e fora das normas construtivas (sem revestimento, sem levar em consideração a distância de fontes poluidoras, a declividade do terreno, etc). Na maioria dos locais o poço está próximo a fossa da residência, que na maioria das vezes são rudimentares, visto que menos de 1,6% do Estado de Rondônia possui coleta e tratamento de esgoto.

Tal situação gera a contaminação das águas subterrâneas por bactérias encontradas que podem ser prejudiciais à saúde e indicar a presença de outros agentes patogênicos como os vírus entericos e protozoários.

Por meio da coleta de água subterrânea é possível avaliar a qualidade da água consumida pela população através de análises físicas, químicas, microbiológicas e ecotoxicologicas. Após a análise, os resultados são entregues aos participantes, juntamente com orientações para um consumo de água com melhor qualidade.

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