Paciente que passou 26 dias em estado grave em Hospital de Manaus volta para casa e é recebida com aplausos; veja vídeo

A assistente social Lucivane Alves Pereira, de 40 anos, recebeu alta médica do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz neste domingo.

Em meio à pandemia de Covid-19, histórias de pessoas que enfrentaram e venceram a doença são motivo de alegria e esperança. É o caso da assistente social Lucivane Alves Pereira, de 40 anos, que recebeu alta médica do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz neste domingo (26), depois de 26 dias de internação em estado crítico. Em vídeo divulgado nas redes sociais, a ex-paciente aparece emocionada ao receber os aplausos da vizinhança no momento da volta para casa.

“Tenho mais é que agradecer pelas orações que estavam fazendo, foi um momento realmente difícil porque tudo aconteceu muito rápido”, declarou Lucivane, que agora é uma das 1.220 pessoas recuperadas e fora do período de transmissão do novo coronavírus no Amazonas. 

Lucivane Alves Pereira tem 40 anos. (Foto:Reprodução)

Antes de ser internada, ela estava em isolamento domiciliar apenas com sintomas leves da doença. No dia 1º de abril, já com sinais acentuados de dificuldade respiratória, Lucivane decidiu procurar o SPA do Coroado, que é uma das portas de entrada da rede estadual de saúde para casos suspeitos de Covid-19. Na unidade, o médico constatou a necessidade de internação e a assistente social foi encaminhada para o Delphina Aziz, o hospital de referência para casos graves.

Lucivane passou 15 dias na UTI, período em que recebeu o diagnóstico positivo para Covid-19, e ainda enfrentou uma infecção bacteriana no pulmão que comprometeu severamente os seus rins e o fígado, deixando a paciente com apenas 20% da função respiratória.

Com o acompanhamento médico e ajustes no protocolo de tratamento, ela foi se recuperando aos poucos, até receber alta da UTI e ser transferida para o leito clínico. Na enfermaria, ainda bastante debilitada, Lucivane também desenvolveu depressão e passou a ser acompanhada pela equipe psicossocial do Delphina Aziz.

“Uma das coisas mais difíceis foi a falta de contato com a família. O processo de tratamento realmente é lento, a gente que está lá entra em desespero. Mas só tenho a agradecer por estar em casa com vida”, afirmou Lucivane.

O marido dela, Silvio Pereira, agradeceu e parabenizou a equipe que cuidou da esposa no Delphina Aziz. “Ela foi muito bem atendida por todos. Se não tivesse sido eles, ela não estaria aqui, porque o caso era gravíssimo. O Estado está de parabéns pela assistência”, declarou.

Alerta à população

Assim que notou os primeiros sintomas de Covid-19, Lucivane Pereira procurou se isolar da família dentro de casa. A ausência de contato foi decisiva para que o marido, que é do grupo de risco, e os filhos, um de 17 anos e outro de 6, não contraíssem a doença também. De volta ao convívio familiar depois de superar dias difíceis, ela aproveitou para deixar uma mensagem à população.

“Ficar em casa é uma prevenção que todos necessitamos hoje. Só as pessoas que já passaram por esse processo é que sabem realmente o quanto essa doença é traiçoeira. É uma doença que você não vê e sente aos poucos, então espero que a população acredite que ela existe e mata. A melhor forma de se prevenir é ficando em casa cuidando da sua família”, alertou.

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