Nota técnica orienta retomada de cirurgias eletivas na rede estadual de saúde

A Comissão deve considerar, em suas decisões, a lista de cirurgias eletivas canceladas e adiadas anteriormente

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) emitiram, na última semana, nota técnica conjunta para orientar as unidades da rede estadual de saúde no retorno da realização de cirurgias eletivas. O documento contém recomendações de medidas de prevenção para reduzir o risco de transmissão da Covid-19 no ambiente hospitalar entre pacientes cirúrgicos.

“Autorizamos a volta das cirurgias eletivas, que são muito importantes para a população, em virtude de que os casos de outras patologias já são maiores do que a própria Covid-19 no Estado do Amazonas. Algumas unidades de saúde, como FCecon, Francisca Mendes e o 28 de Agosto, estão trabalhando mais com casos não-covid”, declarou o secretário da SES-AM, Marcellus Campêlo.

Foto: Divulgação

A nota técnica orienta que “a execução de procedimentos cirúrgicos, de forma geral, deve ser baseada em novos protocolos e práticas para a prevenção e controle da transmissão do novo coronavírus dentro dos serviços de saúde”.

Em janeiro, a SES-AM manteve a realização das cirurgias oncológicas, ortopédicas e cardíacas e procedimentos que pudessem causar dano permanente ou morte ao paciente, em caso de adiamento; e postergou as cirurgias eletivas não urgentes, em razão do novo pico da Covid-19 no Estado e do direcionamento dos esforços no enfrentamento ao Novo Coronavírus.

Orientações – A nota recomenda a criação de uma Comissão, que deve estabelecer estratégias de priorização da agenda cirúrgica, observando a situação local referente à pandemia, além de características inerentes a cada especialidade cirúrgica.

O grupo é composto por um coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), diretor técnico do serviço de saúde, cirurgiões, anestesistas, infectologistas, enfermeiros, além da equipe diretiva da unidade de saúde.

O CCIH é responsável por definir o fluxo de entrada dos pacientes Covid-19 e não covid-19, o limite de pessoas na sala cirúrgica, além de estabelecer todas as medidas de prevenção à disseminação da doença, entre elas, a triagem das equipes e dos pacientes, baseada em sintomas da Covid-19 ou o contato com caso positivo da doença nos últimos 14 dias.

A Comissão deve considerar, em suas decisões, a lista de cirurgias eletivas canceladas e adiadas anteriormente; a priorização de especialidade ou de pacientes em sofrimento e balancear a questão de riscos associados à Covid-19; e orientar os pacientes em como proceder no pós-operatório.

O documento orienta o uso de máscara por todos os pacientes e acompanhantes, a realização de teste RT-PCR, 72 horas antes da cirurgia, ou de teste de antígeno, de 24 a 48 horas antes do procedimento.

Autoriza a equipe cirúrgica adotar os recursos de telemedicina na avaliação pós-operatória, a fim de reduzir o deslocamento do paciente ao ambulatório, e a flexibilizar a disponibilidade de agenda (horários antecipados, fins de semana e horários noturnos) para diminuir a quantidade de pessoas em um mesmo local e horário.

Conforme a nota técnica, as cirurgias eletivas essenciais e não essenciais poderão ser suspensas diante de novo recrudescimento dos casos de Covid-19, ou caso a unidade de saúde não consiga estabelecer as medidas mínimas de segurança estabelecidas no documento.

Os pacientes que aguardam cirurgias no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), sob responsabilidade da Central Única de Regulação e Agendamento de Consultas e Exames (Cura), serão convocados para iniciar os procedimentos pré-operatórios. A prioridade obedece aos critérios de classificação de risco do Sisreg, como gravidade e tempo de espera.

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