Medicina indígena é destaque de debate realizado pelo Ministério da Saúde  

No início do ano, a pasta criou um grupo de trabalho para elaboração de políticas específicas nesta área.

O Ministério da Saúde realizou um evento virtual com o tema ‘Medicinas Indígenas: Tecnologias de cuidados em saúde e cura nos territórios indígenas’ no dia 7 de junho e, durante o encontro, a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) explicou como esses conhecimentos têm sido aplicados nos territórios e quais são as iniciativas para ampliação de seu uso nas políticas do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS).

Ao longo das discussões, o secretário da Sesai, Weibe Tapeba, destacou a participação do Brasil durante as reuniões do G20 na última semana, que ocorreram em Salvador (BA), onde as medicinas indígenas foram amplamente debatidas nos diálogos sobre saúde.

“Estamos estabelecendo o eixo das as medicinas indígenas como um eixo fundamental, um pilar, uma diretriz importante para nossa política de saúde indígena”, disse.

Tabepa também anunciou a realização de cinco seminários regionais da saúde indígena, a partir de julho, com amplo debate e apresentação das técnicas de medicina desenvolvidas pelos povos originários.

Grupo de trabalho para criação de políticas específicas

Em janeiro deste ano, o ministério criou o Grupo de Trabalho Medicinas Indígenas, cujo objetivo é a elaboração de um programa sobre medicinas indígenas no SasiSUS, por meio da Portaria SESAI/MS nº 8, de 23 de janeiro de 2024 .

O grupo é coordenado pela assessora técnica da Sesai, Putira Sacuena. Durante o diálogo, ela ressaltou que, dada a sua relevância, o tema está inserido desde a instituição do SasiSUS, por meio da Lei 9.836 de 23 de setembro de 1999 .

“O direito dos povos indígenas à saúde está diretamente relacionado à questão do reconhecimento da existência das medicinas indígenas”, frisou.

O evento virtual também contou com participação do antropólogo social, Yupuri Tukano, do coordenador da Fórum dos Presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (FPCondisi), Celso Xukuru-Kariri, e da especialista em medicinas indígenas, Cíntia Guajajara.

*Com informações do Ministério da Saúde

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