Mato Grosso encerrou 2016 com 347 casos notificados de microcefalia, sendo que 133 estão em investigação. As informações são da Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS/MT). Os dados correspondem ao período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016.
O Ministério de Saúde considera um caso confirmado após análise clínica, de imagens ou laboratorial. Ainda de acordo com o Protocolo do Ministério, a investigação da causa da microcefalia é realizada somente nos casos notificados que apresentem características sugestivas de infecção congênita, para a identificação da infecção pelo vírus Zika, entre outros agentes infecciosos.
As notificações aconteceram em 56 municípios em todas regiões do Estado, sendo Rondonópolis, com 109 casos, Cáceres, com 58, e Cuiabá, com 47, as cidades com mais registros.
Ainda segundo o Informe epidemiológico, já foram descartados 158 casos para microcefalia e/ou alteração do Sistema Nervoso Central (SNC), após a reavaliação clínica, de exames de imagens e do perímetro cefálico (baseado na curva de desenvolvimento infantil da Organização Mundial da Saúde – OMS).
O Ministério da Saúde realizou alterações no protocolo e já está disponível no site: “Orientações Integradas de Vigilância e Atenção à Saúde no âmbito da Emergência de Saúde Pública”.
Publicado em 12 de dezembro de 2016, o objetivo é integrar e ampliar as ações e serviços relacionados ao monitoramento das alterações no crescimento e desenvolvimento, identificadas da gestação até a primeira infância, podendo estar relacionadas às infecções pelos vírus Zika, sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus, herpes simples, além de outras etiologias infecciosas.