A toxoplasmose é uma das zoonoses, doenças transmitidas por animais, mais comuns em todo o mundo. Causada por um protozoário chamado ‘Toxoplasma gondii‘, encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, a doença pode se hospedar em humanos e outros animais e é alvo de estudos do Instituto Nacional de Ciência Tecnologia (INCT) Toxoplasmose. A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) compõe o núcleo como instituição parceira no trabalho liderado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) com o professor João Luis Garcia.
A professora da Faculdade de Medicina (FM) da UFMT, Michelle Igarashi Watanabe conta como será a participação a UFMT no Instituto Nacional de Ciência Tecnologia (INCT) Toxoplasmose.
“Esse projeto de pesquisa aprovado no edital INCT é um projeto multicêntrico com o envolvimento de várias universidades e institutos. A UFMT tem parceria comigo e com o professor Richard Campos de Pacheco da Faculdade de Medicina Veterinária”, relata a professora. O trabalho em parceria aborda tanto as amostras em humanos, quanto em animais.
“Eu como estou na Faculdade de Medicina estou responsável pela coleta de amostras biológicas humanas de gestantes e amostras de neonatos para investigação da toxoplasmose congênita em parceria com os médicos Anselmo (ginecologista) e Francis (pediatra) e o professor Richard com amostras de animais. Com essas amostras realizamos bioensaios em camundongos para posteriormente caracterizarmos o genótipo do Toxoplasma”, destaca a docente sobre a doença que tem transmissão via oral, com a ingestão de alimentos e água contaminados e congênita.
O projeto do INCT Toxoplasmose tem entre os objetivos simplificar o diagnóstico de triagem, tanto para as gestantes como para as crianças e desenvolver kits a baixo custo, estudar marcadores proteicos da infecção aguda e crônica da toxoplasmose.
“É uma pesquisa que envolve amostras humanas de Cuiabá e regiões de pacientes atendidos pelo SUS. Com relação às amostras de animais, pode abranger todo Mato Grosso e até áreas Amazônicas”, finaliza a professora Michelle Igarashi Watanabe.
*Com informações da UFMT