Indígenas nas aldeias de Oiapoque no Amapá recebem atendimento, medicação e teste rápido para covid-19

Objetivo é que mais de 10 mil índios, em 57 aldeias de Oiapoque, sejam atendidos até sábado (26). Trabalho é em parceria com Dsei.

Profissionais de saúde do Governo do Amapá estão no município de Oiapoque para prevenir e combater a covid-19 em 57 aldeias onde vivem mais de 10 mil indígenas de etnias como palikur, galibi marworno e karipuna. É a maior ação realizada em áreas indígenas do estado desde o início da pandemia.

Atendimento médico na comunidade. (Foto:Phillippe Gomes/Secom-AP)

O trabalho iniciou na segunda-feira (22), e deve se estender até sábado, 26. Trata-se de uma parceria com Distrito Sanitário Especial Indígena do Amapá e do Pará (Dsei).

As equipes são compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes de saúde da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) e da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa).

Uma das aldeias visitadas foi a Kunanã, a 1:40 h da sede do município. No local, vivem 106 indígenas – alguns têm ou já tiveram a doença. Eles receberam o kit do protocolo de medicações, máscaras, álcool em gel e orientações sobre prevenção. Além disso, os profissionais aplicaram testes rápidos para covid-19 e fizeram triagem com medição de frequência cardíaca, saturação de oxigênio, temperatura e pressão arterial.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), que acompanha a ação, realizou a desinfecção da área de toda a aldeia para prevenir novos casos de covid-19.

O cacique Sílvio Vidal, da aldeia Kunanã, explicou que a comunidade estava ansiosa pela visita.

“Há três dias recebemos uma técnica em enfermagem que tem acompanhado os casos da aldeia, mas uma ação desse tamanho é muito importante, principalmente para nós que estamos mais isolados. A comunidade fica muito feliz!”, disse.

Desinfecção de casas da comunidade. (Foto:Phillippe Gomes/Secom-AP)

Outras aldeias, como Kumenê e Kumarumã, são parte da ação. O pólo do Manga e pequenas aldeações, como Espírito Santo e Santa Luzia, no Rio Uaçá, também estão recebendo as equipes de profissionais de saúde.

O enfermeiro da SVS Waldir Bittencourt ressalta a importância da ação.

Medicações. (Foto:Phillippe Gomes/Secom-AP)

“A presença do Estado, aqui nas aldeias de Oiapoque, representa a atenção às comunidades isoladas e o respeito com os povos tradicionais. É função do Sistema Único de Saúde [SUS] fornecer atendimento a todos e prevenir para que não haja mais óbitos”, relatou.


Atenção aos indígenas

A ação é parte de um esforço feito pelo Estado para atender aos indígenas desde o início da pandemia. Nesse período, o Governo já garantiu remédios, desinfecção de aldeias, Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), testagem, além de destinar quatro leitos do Centro Covid HU exclusivamente para estes povos.

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