A falta de profissionais levou a direção do Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá, a suspender esta semana o serviço de atendimento infantil por tempo indeterminado. A situação teria se agravado nos últimos meses, após o aumento no número de pedidos de aposentadoria de médicos e de atestados por parte da equipe de enfermagem.
Profissionais de saúde tiveram que ser remanejados para a unidade de terapia intensiva neonatal.
O Hospital Universitário Júlio Müller atendia, em média, 80 crianças por dia, de segunda-feira a sexta-feira.
O superintendente do hospital, Hildevaldo Monteiro Fortes, explica que a suspensão do serviço foi necessária para resguardar o atendimento em um setor mais crítico.
“Essa medida foi tomada exatamente pensando na própria comunidade, uma vez que a paralisação da UTI neonatal teria um efeito dominó, com o agravante de você ter que paralisar o atendimento à gestação de alto risco, [atendimento em] que a gente é referência, porque você não teria como atender essas gestantes.”
As crianças que eram atendidas no Júlio Müller estão sendo encaminhadas para outras unidades de saúde de Cuiabá. O hospital solicitou apoio do Ministério Público Federal e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares para realização de um processo seletivo simplificado de profissionais. Porém, a Lei Eleitoral dificulta essa modalidade de contratação no atual período e outras forma de ajuda estão em estudo.