Hemopa: doação de sangue de mãe para mãe fortalece o laço pela vida

Estoque regular é fundamental para abastecer a rede hospitalar pública e privada do Pará

Neste domingo, Dia das Mães, a dona de casa Madalena Calandrine, 32 anos, natural de Muaná, região do Marajó, vai comemorar a data junto ao seu melhor presente: o filho Isaac, de 12 anos, que desde os 4 anos de idade faz transfusão de sangue no Hemopa. A Fundação dá suporte ao tratamento do menino para aplasia medular ou anemia aplástica, doença rara da medula óssea em que há diminuição da produção das células sanguíneas.

Sempre acompanhando o filho nas consultas, Madalena esteve com o garoto na sexta-feira, 7, na sede do Hemopa, em Belém, onde fez mais uma transfusão de plaquetas para melhorar os desconfortos provocados pela doença, como fraqueza, por exemplo.

Isaac e a mãe Madalena. Criança de 12 anos precisa de sangue para tratar uma doença rara. Foto: Divulgação

“Com esta transfusão, ele vai ficar melhor e vou passar o Dia das Mães juntinho dele e com o restante da família. Quero agradecer a todos os doadores de sangue que salvam vidas. Muita gente precisa de sangue todos os dias e quem quer fazer o bem e não tem condições financeiras, doar sangue ajuda muito. Obrigada a todos vocês”, ressaltou a mãe de Isaac, que agora está à espera de um doador compatível de medula óssea.

Madalena estende seus agradecimentos à equipe do Hemopa pela assistência oferecida ao Isaac. “Acho o atendimento excelente, pois se não fosse pela Fundação, tudo seria mais difícil. Aqui tudo é muito bom, o tratamento é humanizado. Só tenho gratidão a todos”, afirmou.

O agradecimento de Madalena cabe bem à mãe e doadora de sangue Suellen Cristina Lisboa da Silva, 37, que veio na sede da Fundação Hemopa, na sexta passada, atendendo pedido de uma amiga, que tem um bebê em tratamento oncológico e está precisando de transfusão de sangue.

“Não pensei duas vezes em ajudar esse bebê. Fico imaginando o sofrimento e preocupação dessa mãe. Tenho dois filhos e um deles com apenas 4 aninhos, penso na dor da mãe. Poder ajudar ele é prazer. Estou muito feliz em estar aqui”, ressaltou a voluntária que doa sangue regularmente.

O mesmo sentimento de amor ao próximo levou a doadora de sangue e mãe de três filhos, Maria de Nazaré Feitosa dos Santos, 42 anos, repetir esse ato solidário, na sexta-feira (7), no Hemocentro Regional de Castanhal. “Gosto de ajudar e sempre que posso venho doar sangue”, disse a costureira, que se orgulha em salvar vidas há vários anos.

ESTOQUE DE SANGUE

Essa corrente solidária é fundamental para a Fundação Hemopa cumprir a sua desafiadora responsabilidade de abastecer a rede hospitalar pública e privada do Pará. E, para manter o estoque de sangue regular, há a necessidade imperativa da colaboração da sociedade, já que são as bolsas doadas que viabilizam o atendimento transfusional satisfatório.

Atualmente, a Fundação Hemopa mantém uma diária de 160 coletas que beneficiam mais de 600 pacientes. Para a assistente social da Gerência de Captação de Doadores (Gecad), Lilian Bouth, a necessidade transfusional é diária.

“Para tanto, contamos com as parcerias para ajudar a salvar vidas. E para isso, disponibilizamos alguns projetos entre eles, a Caravana Solidária, que transporta pequenos grupos de amigos ou colegas de instituições até a sede do Hemopa. Temos ainda o agendamento da doação de sangue, pelo 08002808118. Se você tem condições de doar sangue, não deixa para amanhã. A vida tem pressa”, pede.

Da mesma forma, o presidente do hemocentro paraense, o administrador Paulo Bezerra, destaca a importância das parcerias que salvam vidas. “Contamos com apoio de todos nesse processo da doação de sangue. E hoje, às vésperas do Dia das Mães, dê um presente de vida para alguém. Feliz Dia das Mães doadoras, pacientes e servidoras da hemorrede estadual”, celebrou.

Para doar, o cidadão precisar seguir critérios básicos. Veja:

– Ter entre 16 e 69 anos (menores de idade devem estar acompanhados do responsável legal);

– Pesar mais de 50 kg

– Estar em boas condições de saúde.

No momento do cadastro, é obrigatório apresentar um documento de identificação oficial, original e com foto (RG, CNH, passaporte ou carteira de trabalho).

Quem teve Covid-19 também pode voltar a doar sangue, mas precisa esperar 30 dias após a cura. Quem teve contato com pessoas que tiveram a doença deve aguardar 14 dias após o último contato.

Para quem recebeu a vacina Coronavac/Butantan, são 48 horas de inaptidão para doação de sangue, após cada dose. Já a vacina AstraZeneca/Fiocruz, são 7 dias após cada dose. Se o candidato à doação de sangue não souber qual imunização fez, só poderá voltar a doar sangue, após 7 dias.

Mais informações: 08002808118 / 31106500.

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