A unidade, que é referência para os casos graves de Covid-19 no estado passa a operar com 100 leitos de UTI disponíveis para pacientes com o novo coronavírus.
Durante visita ao Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, na noite desta quarta-feira (15), o governador Wilson Lima anunciou a abertura de 45 novos leitos (25 de UTI e 20 clínicos) na unidade, que é referência para os casos graves de Covid-19 no estado. Com isso, o hospital passa a operar com 100 leitos de UTI disponíveis para pacientes com o novo coronavírus.
A ampliação foi possível graças ao reforço dos profissionais de saúde aprovados no concurso do Corpo de Bombeiros de 2009 e que estão sendo integrados à corporação nesta semana. Já a partir desta quarta-feira (15), cinco médicos intensivistas da corporação passaram a dar plantão no Delphina Aziz, e a previsão é que novos bombeiros militares, de várias especialidades, também comecem a atuar no hospital a partir desta quinta-feira (16).
“Hoje nós estamos entregando cinco médicos intensivistas que foram convocados, resultado de um concurso público que a gente já havia feito o chamamento. Isso vai ser importante porque, com a vinda deles, nós conseguiremos abrir mais 45 leitos aqui nessa unidade hospitalar que é referência para o Covid. Serão mais 20 leitos clínicos e mais 25 leitos de UTI”, disse Wilson Lima.
De acordo com o governador, formandos da área da saúde que terão a colação de grau antecipada pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) também somarão esforços na assistência aos pacientes do Delphina Aziz. “Há um reforço de mais de 20 profissionais que estão no período final de Medicina, que terão adiantada a sua formatura, e também já virão para cá”, informou.
Ampliação
Com a oferta de mais 25 leitos de UTI, o Delphina Aziz passa a usar toda a capacidade instalada do quarto andar da unidade. Já os 20 novos leitos clínicos que também serão abertos passarão a ocupar o quinto andar do prédio.
Segundo a secretária de Saúde, Simone Papaiz, o Governo do Estado tem concentrado esforços na busca tanto por recursos humanos quanto por equipamentos para garantir a ampliação de leitos para Covid-19.
“Nós recebemos semana passada 15 respiradores e 5 bipaps. Eles serão úteis agora para a abertura desses 25 leitos de UTI e mais 20 leitos de internação. Nós já havíamos adquirido 240 monitores, que farão parte desses kits de leitos para a terapia intensiva. Agora, com o aporte desses cinco médicos intensivistas, a gente consegue ampliar o número de leitos e conseguir fazer com que os pacientes que estejam nas unidades de pronto atendimento venham para a de referência.”, explicou a secretária.
Gabinete de crise
Durante a visita ao Delphina Aziz, Wilson Lima também conheceu o projeto que está sendo implementado pela equipe do Hospital Sírio-Libanês, em parceria com a Susam, para uma melhor gestão de fluxos e recursos nas unidades de saúde durante a pandemia.
“É um projeto patrocinado pelo Itaú, que disponibilizou os seus melhores desenvolvedores de sistemas, para que a gente possa acompanhar em tempo real tudo o que acontece nas unidades, saída, entrada, liberação de leitos, o que tem disponível, qual a nossa capacidade de atendimento. Isso vai ser fundamental para que a gente possa otimizar o atendimento, controlar mão de obra, equipamentos, evitar desperdício e fazer uma melhor entrega para quem procura um hospital público”, destacou o governador.
Na ocasião, o especialista de processos do Sírio-Libanês, Daniel Meira, explicou que as unidades da rede que atuam na linha de frente do combate ao novo coronavírus estão sendo monitoradas diariamente pelo Gabinete de Crise instalado na Susam, permitindo mais agilidade na tomada de decisões. Posteriormente, essas informações vão alimentar uma plataforma digital que está sendo desenvolvida para facilitar o acompanhamento.
“Nesse aplicativo será possível a gente fazer projeções de como será o cenário do Delphina Aziz amanhã ou daqui a cinco dias, para uma gestão pró-ativa do recurso e para melhorar o fluxo de comunicação. Isso se reflete em decisões mais rápidas e assertivas. A gente sabe que o recurso que o hospital tem é finito, então se a gente não otimizar a distribuição desses recursos, o hospital vai ficar sem”, afirmou o especialista.