Objetivo é intensificar a assistência nas aldeias com a oferta de atendimento médico especializado, testagem para a Covid-19 e envio de medicamentos e insumos.
O Ministério da Saúde iniciou, nesta semana, uma operação conjunta com o Ministério da Defesa no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Maranhão. Objetivo é intensificar a assistência nas aldeias com a oferta de atendimento médico especializado, testagem para a Covid-19 e envio de medicamentos e insumos para abastecer os Polo Base – unidades de referência para as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) que atuam nas aldeias.
Ao todo, serão 21 dias de ação, dividido em três fases, que vão envolver as equipes dos Ministério da Saúde e das Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – além dos profissionais do DSEI Maranhão, que mapearam todos os Polos Base e identificaram previamente quais as necessidades de cada aldeia, estabelecendo um cronograma e prioridades de ações. As equipes estão levando cerca de 60 mil medicamentos e 32 mil equipamentos e testes para a COVID-19.
Segundo o secretário Especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva, que faz parte da equipe de coordenação da operação, além da urgência de levar insumos para o tratamento da COVID-19, a operação vai levar médicos especialistas que complementarão o atendimento de saúde básica ofertado pelo DSEI.
“Vai ser uma oportunidade importante frente não só a essa pandemia, mas também a outras necessidades que o nosso querido DSEI Maranhão possui. Vamos estar lá fazendo busca ativa, fazendo testes e levando atendimento especializado, com ginecologistas, infectologistas e pediatras”, explica o secretário.
O DSEI Maranhão concentra a sétima maior população indígena do país, conforme dados do Sistema de Informação de Atenção à Saúde Indígena (SIASI), com mais de 37 mil indígenas, distribuídos em 629 aldeias, localizadas em 22 municípios. O Distrito tem 754 profissionais que compõe as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, entre outros. Destes, 320 são Agentes Indígenas de Saúde e de Saneamento, que também auxiliam na articulação entre as equipes e as aldeias e em muitos casos, também são interpretes.
A parceria do Ministério da Saúde, por meio da SESAI, com as Forças Armadas acontece em várias regiões do país. De janeiro a agosto foram realizadas nove missões interministeriais com o objetivo de combate à COVID-19, evitar a disseminação da doença e levar atendimento especializado que evita a remoção de pacientes aos centros urbanos.