“Foi devolvido o direito de viver”, diz liderança Yanomami sobre ações da Saúde

Presidente da associação Urihi e do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami, Junior Yanomami, ressalta investimentos no território.

Foto: Rafael Nascimento/MS

Lideranças Yanomami reconheceram os avanços que a saúde indígena alcançou no último um ano e meio. O aumento da assistência, a reabertura de unidades e a ampliação do quadro de funcionários são os principais investimentos no território.

Durante a última semana, no 5º Fórum de Lideranças Yanomami e Ye’kuana, em Auaris, Roraima, o Ministério da Saúde apresentou um balanço das ações para a saúde indígena.

  • Principais números da ação do Ministério da Saúde no território Yanomami:
  • 7 polos-base reabertos;
  • 5,2 mil indígenas voltaram a ter acesso à assistência;
  • 1.497 médicos atuando no território;
  • 33% de queda da mortalidade;
  • 3,3 mil crianças acompanhadas nutricionalmente;
  • 83,1% a mais de testes para a detecção da malária;
  • 47,5% de alta na vacinação de rotina no território.

O presidente da associação Urihi e do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami, Junior Yanomami, afirma que as ações da pasta devolveram o direito de viver e o bem-estar da população local.

Integração

Junior Yanomami destaca que a integração do território foi essencial para que as políticas tivessem efetividade. “As ações vão até as comunidades de mais difícil acesso. Melhorou, por exemplo, a vacinação . Isso é muito importante”, frisa.

“A ação mais importante foi a recuperação das crianças e o combate à desnutrição. Hoje, vemos nova luz. Eu acompanhei a situação que estávamos antes, abandonados. O governo ‘deu a mão’ e salvou crianças, devolveu a esperança”, conclui.

Foto: Rafael Nascimento/MS

Investimentos

O secretário de Saúde Indígena (Sesai) , Weibe Tapeba, apresentou, durante o fórum, um balanço das ações do ministério no território Yanomami .

Ele destaca que, de 2023 para cá, muitas ações foram implementadas, como o aumento do número de profissionais atuando no território, de 690 para 1,5 mil.

“Fizemos investimentos robustos. Quando iniciamos o governo, havia apenas quatro médicos. Hoje temos 40. Reabrimos sete polos-base, construímos seis novas unidades. Além disso, estamos mantendo as estruturas abastecidas”, pondera.

Desde o início da emergência, no ano passado, 5,2 mil indígenas voltaram a receber assistência. Em 2023, a Sesai investiu R$ 221 milhões no território e, até agosto deste ano, já foram R$ 216 milhões.

*Com informações do Ministério da Saúde

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