A unidade hospitalar, administrada pela Prefeitura, atualmente, conta com 21 pacientes internados, que deverão receber alta nos próximos dias e a unidade será desativada.
“Como tenho dito, esse espaço entra para a história, de várias formas. Primeiro, por ser uma escola que virou um hospital de campanha em um dos momentos mais graves do mundo, quando se trata de questão sanitária. Segundo, que é a unidade de saúde que, sem dúvida, foi a que mais recuperou doentes da Covid-19. Terceiro, que desafogamos a saúde do Estado e cumprimos nossa missão”, disse o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que já havia confirmado a desativação da unidade após a última alta.
A paciente de número 600, Maria do Perpétuo Socorro Lopes, 64, comemorou sua saída ao som de louvores e uma recepção calorosa de amigos e familiares. Funcionária pública, Socorro esteve internada no hospital por oito dias. Durante sua saída, a paciente agradeceu aos profissionais que a acompanharam durante seu tratamento contra a Covid-19.
“Eu agradeço primeiro a Deus por me dar essa nova oportunidade. Tudo é muito difícil. Quantos caíram nesse caminho e não tiveram essa oportunidade que eu estou tendo? Esse hospital não salvou apenas 600 pessoas, multipliquem por quantas famílias, pais e mães estão aqui. Todo mundo tinha medo de ir para outros hospitais, mas aqui fomos tratados com dignidade e esses anjos estavam diuturnamente a nossa disposição. Dinheiro no mundo não paga a vida”, celebrou a paciente.
Quem também retornou para sua família no dia de hoje foi Raimundo dos Santos Tenório, 48, internado desde o último dia 12. “Eu entrei sexta-feira no hospital, depois de procurar ajuda em outros locais. Mas foi aqui no hospital de campanha da prefeitura onde pude realizar meu tratamento. É uma emoção muito grande poder voltar para casa” comemorou.
O hospital de campanha municipal foi criado para desafogar o sistema estadual de saúde durante a pandemia da Covid-19. Todos os pacientes que ainda se encontram no hospital continuarão recebendo o tratamento normalmente e, após a última alta médica, o hospital de campanha, construído nos prédios de um Centro Integrado Municipal de Educação (Cime), deverá interromper suas atividades. A taxa de ocupação do hospital de campanha hoje é de 12%, de um total de 180 leitos ativos, entre enfermarias, semi-intensivas e UTI.