A Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio dos alunos finalistas do curso de Medicina, convida toda a população interessada para participar do 2º Congresso de Saúde LGBT+, que acontece nesta sexta-feira e sábado (dias 5 e 6 de outubro), no Centro de Convenções Vasco Vasques, localizado na Avenida Constantino Nery, 1001 – Flores. Com o tema “Uma visão multiprofissional”, o evento acontece simultaneamente ao 5° Congresso de Medicina do Amazonas (Comed), e vai render horas complementares para universitários.
As inscrições custam R$ 30,00 para quem vai participar só do Congresso de Saúde LGBT, e podem ser feitas na própria entrada do evento, ou na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da UEA (Avenida Carvalho Leal, 1777 – Cachoeirinha), de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Dentre programação diversificada, algumas mesas redondas vão ser formadas para discutir assuntos de interesse coletivo, como “Políticas Públicas à saúde LGBT”, “Suicídio de LGBT”, “PrEP à LGBT” e “O processo transexualizador”. Cursos e minicursos, teóricos e práticos, completam a programação, e acontecem ainda dentro do Comed.
Para um dos membros da comissão que organiza os dois congressos, a aluna Nayra Freitas, ainda tem-se um cenário de muita negligência e preconceito em relação à população LGBT. “A nossa tentativa é ampliar o olhar da sociedade, e não só dos profissionais da área da saúde. Essa negligência precisa ser mudada, e a produção de um congresso para falar só desse tema foi a forma que nós, alunos, encontramos de intervir na sociedade”, disse.
Mais informações sobre o 2° Congresso de Saúde LGBT e o 5° Congresso de Medicina do Amazonas podem ser adquiridas com os alunos da UEA, através das redes sociais do evento ou pelo site www.vcomed.com.br.
PrEP para o HIV
A profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV, um dos temas a serem discutidos no 2° Congresso de Saúde LGBT, consiste no consumo diário de um medicamento preventivo, chamado antirretroviral Truvada, disponibilizado em Manaus pela Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado desde janeiro deste ano.
A capital amazonense foi uma das primeiras do Brasil a receber o medicamento após dados indicarem-na como a 4ª do País com maior taxa de detecção de HIV, em 2016: a cada 100 mil habitantes, 50 tinham a doença. Na década passada, quase 5 mil pessoas foram registradas com Aids em todo o estado do Amazonas.
Diferente de uma vacina, a PrEP não torna a pessoa que toma o medicamento imune ao HIV, mas evita que ele se instale no sistema sanguíneo. Este tratamento é ofertado a pessoas que não têm o vírus HIV, mas que estão mais expostas à infecção, como profissionais do sexo e casais sorodiscordantes (quando apenas um dos parceiros é soropositivo).