Confira o que é preciso para se cadastrar como doador de medula óssea no Hemopa

O cadastro é único e integrado a bancos de dados nacional e internacional de doadores

Além de receber doações de sangue, a Fundação Hemopa, também realiza, desde 2003, o cadastro de possíveis doadores de medula óssea no Pará. O banco de dados do Estado conta com 136 mil voluntários e é integrado a bases de informações nacional, Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), e internacional.
Foto: Divulgação

A gerente de captação de doadores do Hemopa, Jaciara Farias, explica a importância de ser cadastrado, especialmente, para aquelas pessoas que estão há anos na espera de um transplante de medula óssea. “Quanto maior o cadastro, mais chances de encontrar alguém compatível. É um trabalho feito de maneira contínua, todos os dias a Fundação fala sobre registro de doadores, com o intuito de sensibilizar as pessoas que vem fazer doação de sangue, a também realizarem o registro para a doação de medula e assim, aumentar o nosso cadastro”, afirma.

Qualquer pessoa, entre 18 e 55 anos, que quiser fazer parte desse cadastro, deve se apresentar em uma das unidades do Hemopa, com um documento oficial de identidade com foto, preencher um cadastro com os seus dados pessoais, ter endereço fixo e não ter histórico de câncer ou de HIV. Uma seringa com 5 ml de sangue é coletada para que seja feita a tipagem HLA (Antígenos Leucocitários Humanos), desse candidato a doação, que não precisa estar em jejum. Essa tipagem é um exame que possibilita o mapeamento das características genéticas deste candidato.

O cadastro pode ser feito dentro da Fundação Hemopa em Belém, nas unidades de Castanhal, Marabá, Santarém, Tucuruí, Altamira, nas unidades fixas dos shoppings da capital, Castanheira e Pátio Belém e em campanhas externas nas unidades móveis.

“No momento do cadastro, é registrada somente a sua intenção em ser doador. Você só será doador, se houver uma compatibilidade do seu HLA com o HLA do paciente (100%). O Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o responsável pelo cruzamento entre os bancos de dados do Redome e do Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme), para verificar a compatibilidade entre os doadores e os pacientes”, informa a gerente. 

Foto: Divulgação

O cadastro é único, ou seja, o possível doador precisa fazer apenas uma vez. Entretanto, o Hemopa alerta sobre a necessidade de atualização cadastral entre os que já fazem parte do banco de dados, no caso de mudança de telefone ou endereço. A comunicação da alteração pode ser feita através do 0800-280-8118 ou de forma presencial, em alguma das unidades da Fundação.

Jaciara Farias, ressalta que o transplante de medula óssea existe para atender aqueles pacientes que, depois de todo o tratamento, não conseguiram ter as respostas esperadas, o que torna o transplante como única alternativa. A exemplo de pacientes com leucemia.

REDOME

Com mais de 5 milhões de doadores cadastrados, o Redome é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo e pertence ao Ministério da Saúde. Anualmente, são incluídos mais de 300 mil novos doadores no cadastro do REDOME. No Brasil, são 4,5 milhões de voluntários. A probabilidade de um doador ser compatível com os seus familiares é de 30%, entretanto, em relação à compatibilidade com qualquer outra pessoa, as chances são menores. No Brasil, é de 1 em 100 mil a chance de encontrar um doador compatível.

O processo de busca do doador é simples e totalmente informatizado. O médico responsável, inscreve as informações do paciente necessitado do transplante no REREME. Após aprovação da inscrição do paciente, a busca é iniciada imediatamente. Quando há um doador paraense cadastrado, compatível, que aceite realizar o procedimento, ele é deslocado para o local onde está o paciente, para acontecer o transplante. O deslocamento é todo pago pelo SUS. 

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