De acordo com dados da Saúde, até o momento, as cidades de Araguatins (49 casos), Augustinópolis (4), Palmas (3), Guaraí (1) e Pequizeiro (1) tiveram notificação positiva da doença. Segundo levantamento feito pela Secretaria, dos 58 casos registrados, ou seja, 43,1% são “importados”, isto é, os pacientes adoeceram em outros estados/países e buscaram atendimento nas cidades tocantinenses.
Desde o início do ano, época dos primeiros casos notificados, o Governo do Tocantins realizou capacitações para todos os profissionais que atuam nas ações de vigilância e controle da malária em Araguatins e outros 23 municípios tocantinenses.RegistrosDe acordo com o biólogo Marco Aurélio de Oliveira Martins, responsável pelo Programa Estadual de Controle da Malária, dos casos registrados no município de Araguatins, com 49 notificações, 18 são oriundos de outros estados. “Aquela região é uma transição de biomas, do Cerrado para a Floresta Amazônica. Então, existem condições ambientais e climáticas favoráveis para o aumento do principal vetor da doença, que é o mosquito Anopheles, também conhecido como mosquito prego, o que favorece o risco de transmissão”, afirmou. Ainda de acordo com o responsável técnico, desde 2012, o Tocantins não registra nenhum óbito da doença. “Todos os municípios tocantinenses possuem condições de realizar o diagnóstico e o tratamento, que é disponibilizado apenas pelo SUS [Sistema Único de Saúde]”, ressaltou.Para o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir, ao identificar os sintomas da doença, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde imediatamente. O secretário destaca a importância da consciência da população, não apenas em buscar o tratamento, como também em atuar no combate aos focos do mosquito. “Não há risco de epidemia de malária no Tocantins. Está tudo sob controle, pois contamos com uma equipe capacitada, além do apoio das equipes de saúde dos municípios tocantinenses”, afirmou.Os sintomas mais recorrentes da doença são calafrios, febre alta e contínua, dores de cabeça e musculares.PrevençãoAté o momento, não existe vacina para combater a malária. A prevenção da doença é realizada por meio da utilização de repelentes à base do composto químico icaridina, camisas de manga longa e calças, além de evitar exposição a ambientes naturais no nascer e no por do sol.Números da malária no BrasilSegundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a maio deste ano, foram registrados no País 56.918 casos. Deste total, o Tocantins figura em último lugar nos números de confirmações da doença na Região Norte do Brasil, o que corresponde a 0,1% dos casos notificados na região amazônica.