A embaixadora do Banco de Leite Humano pelo Ministério da Saúde, a atriz Maria Paula Fidalgo, participou da abertura do Encontro de Parteiras Indígenas, nesta segunda-feira (15). O evento tem o objetivo de resgatar, fortalecer e promover a troca de saberes tradicionais indígenas sobre o parto humanizado e acontece até sexta-feira (19), no município de Jordão (distante a 451 quilômetros de Rio Branco).
Atriz Maria Paula conversa com participantes do Encontro. Foto: Divulgação
Maria Paula Fidalgo acredita que os quatro dias que participará do encontro resultarão numa experiência que ela classifica como incrível. “Estou sentindo que será maravilhoso. Só de ver a força dessas mulheres que estão espalhadas por essa floresta toda, fazendo esse trabalho que é receber esses bebês com amor, carinho e sabedoria, tenho certeza de que vou aprender muito com esse encontro, e vou poder dar um pouco do meu testemunho, falar da minha experiência relacionada à amamentação”, afirmou a embaixadora.
Entre as participantes está a parteira indígena da etnia kaxinawá Aldenira Pinheiro de Lima Kaxinawá, 52 anos, mãe de 13 filhos e bisavó de uma jovem. “Já ‘aparei’ mais de 50 meninos. Um dos primeiros já tem um filho de nove meses”, conta a parteira, que mora na cabeceira do Rio Jordão, na Aldeia Nova Extrema, a uma hora e meia de barco da cidade de Jordão.
Aldenira afirma que é com prazer que participa das capacitações, porque tem a oportunidade de aprender mais, para poder ajudar as mulheres a trazer ao mundo crianças mais saudáveis.
Parteiras indígenas participam do evento. Foto: Divulgação
Qualificação
A gerente do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas (DAPE) da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), Duciana Araújo, frisa que essa ação tem se realizado graças ao empenho do governo do Estado, por meio do gabinete da vice-governadora Nazaré Araújo, que priorizou a qualificação das parteiras tradicionais. “Nós já realizamos um encontro em Marechal Thaumaturgo, e agora chegamos ao Jordão. Vamos aperfeiçoar algumas técnicas que as mulheres indígenas já praticam. Acreditamos que serão dias de grandes ensinamentos e aprendizados. Uma boa troca de saberes”, concluiu a gestora.
