Exército desativa seis garimpos na Terra Yanomami e apreende avião, ouro e mercúrio em Roraima

Garimpos ficam na região do Surucucu, conforme o Exército. Foram apreendidos 0,5 gramas de ouro e aproximadamente 1,2 kg de mercúrio.

Seis garimpos foram desativados durante ação do Exército nos dias 10 e 11 de março, na região do Surucucu, dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Nos acampamentos, foram apreendidos uma aeronave, ouro, e garrafas com mercúrio, produto usado no processo de extração mineral.

Segundo o Exército, na quinta-feira (10) os alvos foram os garimpos do Capixaba, Hélio e do Rangel. Durante a ação, as equipes encontraram uma aeronave PT-JSS destruída que teria colidido em árvores durante uma tentativa de fuga.

Material apreendido pelo Exército no dia 11 — Foto: Divulgação/Exército Brasileiro

Além disso, foram apreendidos celulares, 14 munições calibre 12 e 20, GPS, 0,5 gramas de ouro e duas garrafas de mercúrio de 1,090g. Uma pista de pouso no garimpo do Capixaba também foi destruída, conforme o Exército.

Já na quinta-feira (11), a ação ocorreu nos garimpos do Espadim, Mucuim e Pau Grosso. Foram apreendidos quatro munições calibre 9mm e 38, dois carregadores de pistola .58 e aproximadamente 200g de mercúrio. Também foram destruídos três motores de garimpo e seis geradores.

A ação faz parte da Operação Verde Brasil 2 e foi conduzida pela 1ª Brigada de Infantaria de Selva, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), Polícia Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

Terra Yanomami


A Terra Yanomami é a maior do Brasil, com mais de 9 mil hectares distribuídos entre os estados de Roraima e Amazonas, a região abriga 26.780 indígenas. A estimativa é que cerca de 20 mil garimpeiros ilegais estejam infiltrados no território.

Em fevereiro, o governador Antonio Denarium (sem partido) sancionou uma lei que libera o garimpo de todos os tipos de minérios em Roraima. À época, o governo afirmou que o texto não contempla áreas indígenas ou federais. A lei, no entanto, foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 20 do mesmo mês. 

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