Não se sabe seu nome, nem etnia. Ele foi encontrado morto no dia 23 de agosto, pela Fundação Nacional do Índio (Funai), durante uma ronda de monitoramento e vigilância territorial.
Considerado um símbolo da resistência dos povos indígenas isolados no Brasil, o popularmente conhecido como “índio do buraco” (não se sabe seu nome nem etnia) foi encontrado morto no dia 23 de agosto, pela Fundação Nacional do Índio (Funai), em seu tapiri. Ele viveu em uma região de mata no Estado de Rondônia por, pelo menos, quase 30 anos completamente isolado.
Segundo a Funai, “o corpo do indígena foi encontrado dentro da sua rede de dormir em sua palhoça localizada na Terra Indígena Tanaru” durante uma ronda de monitoramento e vigilância territorial e confirmada pelo órgão neste sábado (27). A causa da morte será investigada no Instituto Médico Legal (IML) de Porto Velho.
Ele foi encontrado pela primeira vez em 1996. Após uma investigação, indigenistas da Funai conseguiram confirmar a existência do indígena. No entanto, outros indícios levaram os servidores a crer que chegou a existir um grupo maior.
Em 2018, um vídeo raro publicado no canal da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Youtube, revela primeiras imagens do considerado ‘homem mais solitário do mundo’. Na época, o indígena tinha por volta de 50 anos, segundo as estimativas. No vídeo, as imagens trêmulas e gravadas à distância mostram o homem cortando uma árvore com um machado.
O Portal Amazônia chegou a divulgar as imagens disponibilizadas pela Funai, no mesmo ano. Confira o vídeo:
Ele recebeu o apelido de “índio do buraco” porque deixava valas profundas na mata, como uma espécie de armadilha para caçar ou como locais para se esconder. No passado, ele também já havia abandonado cabanas de palha e instrumentos de uso manual, como tochas de resina e flechas.
Os primeiros contatos da Funai ocorreram em expedições com a participação de indígenas Kanoê, que poderiam atuar como intérpretes, além do documentarista franco-brasileiro Vicent Carelli. Mas o indígena deixava claro que não gostaria de ser perturbado, atacando com flechas as pessoas que tentavam se aproximar do local onde ele vivia.
Nota oficial da Funai
*Com informações do g1 Rondônia e da Funai