Projeto artístico apresenta imagens de Rondônia do início do século XX

O projeto reúne fotografias e vídeos, conservados em instituições de arquivos brasileira, estadunidense e francesa para, futuramente, subsidiar a realização de um documentário.

Um mergulho em acervos de arquivos com materiais visuais de Rondônia: este foi o objetivo da pesquisa artística ‘Imagens que faltam – rever as imagens de Rondônia do início do século XX’. O trabalho, que contou com recursos da Lei Aldir Blanc, foi realizado entre os meses de janeiro a junho de 2022 pelos pesquisadores Juliano Araújo, professor e pesquisador do Departamento Acadêmico de Comunicação da Universidade Federal de Rondônia (UNIR); Angélica Menezes, mestre em Artes da Cena pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e Naara Fontinele, professora e pesquisadora em Cinema e Audiovisual.

Foto: Divulgação/UNIR

O projeto reúne fotografias e imagens em movimento, conservadas em instituições de arquivos brasileira, estadunidense e francesa, procurando material para, futuramente, subsidiar a realização de um documentário e de uma videoinstalação com artistas locais.

Foi discutida, em especial, a produção do fotógrafo nova-iorquino Dana Merrill, que documentou as obras da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

Filmes também foram de interesse dos pesquisadores, como ‘Ao redor do Brasil: aspectos do interior e das fronteiras brasileiras’ (1932), de Luiz Thomaz Reis, principal cineasta da Comissão Rondon; ‘No país das Amazonas’ (1922), de Silvino Santos, português radicado em Manaus; e ‘Rondônia’ (1912), de Roquette Pinto, antropólogo e médico.

A pesquisa teve, ainda, a participação de colaboradores indígenas, negros e descendentes de soldados da borracha, como Adriano Karipuna, Luana Shockness, Márcia Mura e Teo Nascimento, que multiplicaram as visões em torno das imagens de arquivo de Rondônia, considerando que um século depois esse material imagético anuncia outras narrativas, bem diferentes daquelas de seu contexto original.

Parte dos resultados pode ser acessado no portfólio de imagens e reflexões criado na plataforma Instagram no perfil @imagensquefaltam.rondonia.

Confira alguns registros do projeto:

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